Os alimentos ultraprocessados, ou seja, aqueles que passaram por um grande e complexo processo de industrialização – como biscoitos, sorvetes, embutidos e congelados – podem prejudicar a saúde do cérebro. É o que aponta um estudo recente, publicado pela revista científica Brain, Behavior, and Immunity. De acordo com a publicação, manter uma dieta com grande concentração desse tipo de alimento, durante apenas um mês, já pode provocar prejuízos como a perda de memória.
“Alimentos ultraprocessados são formulações industriais fabricadas a partir de substâncias extraídas ou derivadas de outros alimentos (sal, açúcar, óleos, proteínas e gorduras) e sintetizadas em laboratório (corantes, aromatizantes, conservantes e aditivos)”, explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Segundo a especialista, essas características de fabricação costumam aumentar o prazo de validade dos alimentos ultraprocessados. Além de torná-los, na maioria dos casos, produtos mais saborosos. No entanto, tamanha industrialização também os deixa mais pobres de nutrientes e repletos de calorias vazias. Fatores que favorecem o aparecimento de doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol e obesidade.
Os estudos, até então, ainda não foram realizados em humanos. Porém, já foi possível detectar uma forte resposta inflamatória no cérebro de ratos que consumiram os produtos industrializados. Por outro lado, a suplementação de ômega 3 DHA nos animais analisados demonstrou uma resposta positiva diante dos prejuízos causados pelos alimentos ultraprocessados.
“O ômega-3, presente nos peixes como salmão e atum, além das nozes, auxilia na comunicação entre os neurotransmissores, fazendo com que a memória e a concentração sejam fortalecidas. Para estudar, por exemplo, sua ingestão é recomendada, pois facilita bastante no processo de aprendizado”, diz o geriatra e nutrólogo Dr. Juliano Burckhardt, membro do Corpo Clínico do Hospital Sírio Libanês, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e da ABRAN.
“A alimentação está muito relacionada ao envelhecimento saudável e a prevenção de Alzheimer. Alguns dados científicos já são muito fortes quanto a redução de risco da doença”, completa o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).
No entanto, os resultados negativos apontados pelo estudo não podem ser ignorados. De acordo com a Dra. Garcez, a pesquisa alerta para uma melhor conscientização da população, sobre os efeitos que alimentos ultraprocessados podem gerar.
“Essas descobertas indicam que o consumo de uma dieta processada pode produzir déficits de memória abruptos e significativos. E, na população em envelhecimento, o declínio rápido da memória tem uma maior probabilidade de progredir para doenças neurodegenerativas. Uma aposta melhor, para evitar vários efeitos negativos de alimentos altamente refinados, seria se concentrar na melhoria geral da dieta”, finaliza a médica.
Os alimentos ultraprocessados, ou seja, aqueles que passaram por um grande e complexo processo de industrialização – como biscoitos, sorvetes, embutidos e congelados – podem prejudicar a saúde do cérebro. É o que aponta um estudo recente, publicado pela revista científica Brain, Behavior, and Immunity. De acordo com a publicação, manter uma dieta com grande concentração desse tipo de alimento, durante apenas um mês, já pode provocar prejuízos como a perda de memória.
“Alimentos ultraprocessados são formulações industriais fabricadas a partir de substâncias extraídas ou derivadas de outros alimentos (sal, açúcar, óleos, proteínas e gorduras) e sintetizadas em laboratório (corantes, aromatizantes, conservantes e aditivos)”, explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Segundo a especialista, essas características de fabricação costumam aumentar o prazo de validade dos alimentos ultraprocessados. Além de torná-los, na maioria dos casos, produtos mais saborosos. No entanto, tamanha industrialização também os deixa mais pobres de nutrientes e repletos de calorias vazias. Fatores que favorecem o aparecimento de doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol e obesidade.
Os estudos, até então, ainda não foram realizados em humanos. Porém, já foi possível detectar uma forte resposta inflamatória no cérebro de ratos que consumiram os produtos industrializados. Por outro lado, a suplementação de ômega 3 DHA nos animais analisados demonstrou uma resposta positiva diante dos prejuízos causados pelos alimentos ultraprocessados.
“O ômega-3, presente nos peixes como salmão e atum, além das nozes, auxilia na comunicação entre os neurotransmissores, fazendo com que a memória e a concentração sejam fortalecidas. Para estudar, por exemplo, sua ingestão é recomendada, pois facilita bastante no processo de aprendizado”, diz o geriatra e nutrólogo Dr. Juliano Burckhardt, membro do Corpo Clínico do Hospital Sírio Libanês, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e da ABRAN.
“A alimentação está muito relacionada ao envelhecimento saudável e a prevenção de Alzheimer. Alguns dados científicos já são muito fortes quanto a redução de risco da doença”, completa o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).
No entanto, os resultados negativos apontados pelo estudo não podem ser ignorados. De acordo com a Dra. Garcez, a pesquisa alerta para uma melhor conscientização da população, sobre os efeitos que alimentos ultraprocessados podem gerar.
“Essas descobertas indicam que o consumo de uma dieta processada pode produzir déficits de memória abruptos e significativos. E, na população em envelhecimento, o declínio rápido da memória tem uma maior probabilidade de progredir para doenças neurodegenerativas. Uma aposta melhor, para evitar vários efeitos negativos de alimentos altamente refinados, seria se concentrar na melhoria geral da dieta”, finaliza a médica.