Câncer

Câncer no intestino: 10 mitos e verdades sobre a doença

Oncologista esclarece as principais dúvidas sobre os tumores gastrointestinais. Entenda o câncer no intestino

Câncer no intestino pode ser um problema silencioso - Shutterstock

O câncer no intestino é uma doença grave, que atinge milhares de brasileiros por ano. De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o tumor no sistema digestivo é o segundo mais comum entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. Já entre os homens, a condição é a terceira mais frequente, atrás dos cânceres de próstata e pulmão.

De acordo com o médico oncologista, Dr. Artur Ferreira, os tumores gastrointestinais podem aparecer em todos os órgãos do sistema digestivo – do esôfago ao ânus. Segundo ele, esse tipo de câncer surge por meio de transformações malignas das células que revestem o organismo. Suas principais causas são:

  • Sobrepeso e obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Etilismo;
  • Alto consumo de carne vermelha e processada;
  • Baixa ingestão de fibras e vegetais;
  • Diabetes;
  • Hepatites B e C;
  • Infecções bacterianas;
  • Contágio de HPV – Papilomavírus Humano.

"São doenças potencialmente curáveis quando diagnosticadas em sua fase inicial. E praticamente incuráveis quando se apresentam disseminadas pelo organismo, em metástases”, alerta o médico. Por isso, a detecção precoce do problema é fundamental para evitar complicações mais graves.

Pensando nisso, o especialista separou 10 mitos e verdades comuns sobre o câncer de intestino. Confira:

1 – Bebidas quentes podem ser perigosas – Verdade

De acordo com o oncologista, o consumo de alimentos e bebidas exageradamente quentes, como chá e café podem prejudicar a saúde do esôfago – órgão que faz a ligação entre a boca e o estômago. A temperatura alta do que ingerimos podem causar lesões internas e, consequentemente, câncer.

2 – Gastrite eleva o risco de câncer – Depende

Na maioria dos casos de câncer no intestino, segundo o Dr. Artur, não existe relação com a gastrite. No entanto, a gastrite atrófica – doença autoimune que agride o revestimento interno do estômago – oferece um maior risco de desenvolvimento de tumores no sistema digestivo.

3 – Intestino preso pode causar câncer – Depende

O médico revela que conceitos teóricos apontam para um risco maior de desenvolvimento de câncer colorretal em pessoas com prisão de ventre. A lentidão do intestino aumenta a exposição dos órgãos internos a substâncias cancerígenas. No entanto, a constipação não é um fator clássico de risco. Nesse caso, condições como obesidade e sedentarismo merecem mais atenção.

4 – A doença é mais comum em homens – Verdade

Porém, a diferença do número de casos entre homens e mulheres não é tão grande. Por isso, não existem diferenças nas diretrizes de detecção da doença.

5 – Aparecimento de pólipos é certeza de câncer – Mito

Para quem não sabe, pólipos aparecem com o crescimento – acima do esperado – de um tecido no organismo. Para o Dr. Artur é inegável que a maioria dos tumores no sistema digestivo surgem a partir da transformação maligna de pólipos. No entanto, apenas uma pequena parcela deles progride para tumores.

6 – Consumo excessivo de carne vermelha é fator de risco – Verdade

De acordo com relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde), o consumo elevado de carnes vermelhas e processadas está associado a um maior risco de surgimento de câncer colorretal. De acordo com o Dr. Artur, o ideal é que elas sejam ingeridas, no máximo, duas vezes por semana. A preferência proteica deve ser por carnes brancas, ovos e leguminosas.

7 – Enquanto não tiver sintomas, não preciso me preocupar – Mito

Isso vale para todos os tipos de câncer, seja no sistema digestivo ou em qualquer outro local do corpo. Os tumores são doenças silenciosas e, quando começam a provocar sintomas, já estão em um estágio mais avançado – o que dificulta o tratamento e diminui as chances de cura. Por isso, é fundamental manter um estilo de vida saudável e realizar acompanhamento médico e exames periodicamente.

8 – Problemas inflamatórios aumentam o risco de câncer – Verdade

Um dos principais fatores que contribuem para o aparecimento de tumores colorretais são as inflamações. Pessoas como retocolite podem, por exemplo, ter de cinco a 15 vezes mais chances de desenvolverem câncer, quando comparadas com a população geral.

9 – Todas as pessoas com câncer colorretal precisam usar colostomia - Mito

Segundo o Dr. Artur, a colostomia – ferramenta utilizada para exteriorizar o intestino – é uma estratégia utilizada apenas em alguns casos da doença. Para o especialista, a evolução das técnicas cirúrgicas e a melhoria dos cuidados com o paciente diminuem drasticamente a necessidade de utilização da colostomia. Mesmo se for necessário, geralmente, trata-se de um procedimento temporário.

10 – Antioxidantes podem evitar o câncer gastrointestinal – Indefinido

Apesar de algumas pesquisas relatarem a redução do risco de câncer colorretal quando há suplementação com multivitamínicos, antioxidantes e ácido fólico, não são evidências inquestionáveis. "Mais estudos são necessários nesta área", afirma o Dr. Artur.

Fonte: Dr. Artur Ferreira, oncologista do CPO Oncoclínicas.

O câncer no intestino é uma doença grave, que atinge milhares de brasileiros por ano. De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o tumor no sistema digestivo é o segundo mais comum entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. Já entre os homens, a condição é a terceira mais frequente, atrás dos cânceres de próstata e pulmão.

De acordo com o médico oncologista, Dr. Artur Ferreira, os tumores gastrointestinais podem aparecer em todos os órgãos do sistema digestivo – do esôfago ao ânus. Segundo ele, esse tipo de câncer surge por meio de transformações malignas das células que revestem o organismo. Suas principais causas são:

  • Sobrepeso e obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Etilismo;
  • Alto consumo de carne vermelha e processada;
  • Baixa ingestão de fibras e vegetais;
  • Diabetes;
  • Hepatites B e C;
  • Infecções bacterianas;
  • Contágio de HPV – Papilomavírus Humano.

"São doenças potencialmente curáveis quando diagnosticadas em sua fase inicial. E praticamente incuráveis quando se apresentam disseminadas pelo organismo, em metástases”, alerta o médico. Por isso, a detecção precoce do problema é fundamental para evitar complicações mais graves.

Pensando nisso, o especialista separou 10 mitos e verdades comuns sobre o câncer de intestino. Confira:

1 – Bebidas quentes podem ser perigosas – Verdade

De acordo com o oncologista, o consumo de alimentos e bebidas exageradamente quentes, como chá e café podem prejudicar a saúde do esôfago – órgão que faz a ligação entre a boca e o estômago. A temperatura alta do que ingerimos podem causar lesões internas e, consequentemente, câncer.

2 – Gastrite eleva o risco de câncer – Depende

Na maioria dos casos de câncer no intestino, segundo o Dr. Artur, não existe relação com a gastrite. No entanto, a gastrite atrófica – doença autoimune que agride o revestimento interno do estômago – oferece um maior risco de desenvolvimento de tumores no sistema digestivo.

3 – Intestino preso pode causar câncer – Depende

O médico revela que conceitos teóricos apontam para um risco maior de desenvolvimento de câncer colorretal em pessoas com prisão de ventre. A lentidão do intestino aumenta a exposição dos órgãos internos a substâncias cancerígenas. No entanto, a constipação não é um fator clássico de risco. Nesse caso, condições como obesidade e sedentarismo merecem mais atenção.

4 – A doença é mais comum em homens – Verdade

Porém, a diferença do número de casos entre homens e mulheres não é tão grande. Por isso, não existem diferenças nas diretrizes de detecção da doença.

5 – Aparecimento de pólipos é certeza de câncer – Mito

Para quem não sabe, pólipos aparecem com o crescimento – acima do esperado – de um tecido no organismo. Para o Dr. Artur é inegável que a maioria dos tumores no sistema digestivo surgem a partir da transformação maligna de pólipos. No entanto, apenas uma pequena parcela deles progride para tumores.

6 – Consumo excessivo de carne vermelha é fator de risco – Verdade

De acordo com relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde), o consumo elevado de carnes vermelhas e processadas está associado a um maior risco de surgimento de câncer colorretal. De acordo com o Dr. Artur, o ideal é que elas sejam ingeridas, no máximo, duas vezes por semana. A preferência proteica deve ser por carnes brancas, ovos e leguminosas.

7 – Enquanto não tiver sintomas, não preciso me preocupar – Mito

Isso vale para todos os tipos de câncer, seja no sistema digestivo ou em qualquer outro local do corpo. Os tumores são doenças silenciosas e, quando começam a provocar sintomas, já estão em um estágio mais avançado – o que dificulta o tratamento e diminui as chances de cura. Por isso, é fundamental manter um estilo de vida saudável e realizar acompanhamento médico e exames periodicamente.

8 – Problemas inflamatórios aumentam o risco de câncer – Verdade

Um dos principais fatores que contribuem para o aparecimento de tumores colorretais são as inflamações. Pessoas como retocolite podem, por exemplo, ter de cinco a 15 vezes mais chances de desenvolverem câncer, quando comparadas com a população geral.

9 – Todas as pessoas com câncer colorretal precisam usar colostomia - Mito

Segundo o Dr. Artur, a colostomia – ferramenta utilizada para exteriorizar o intestino – é uma estratégia utilizada apenas em alguns casos da doença. Para o especialista, a evolução das técnicas cirúrgicas e a melhoria dos cuidados com o paciente diminuem drasticamente a necessidade de utilização da colostomia. Mesmo se for necessário, geralmente, trata-se de um procedimento temporário.

10 – Antioxidantes podem evitar o câncer gastrointestinal – Indefinido

Apesar de algumas pesquisas relatarem a redução do risco de câncer colorretal quando há suplementação com multivitamínicos, antioxidantes e ácido fólico, não são evidências inquestionáveis. "Mais estudos são necessários nesta área", afirma o Dr. Artur.

Fonte: Dr. Artur Ferreira, oncologista do CPO Oncoclínicas.

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