Câncer

Síndrome de Mueller Weiss: entenda a condição de Rafael Nadal

Tenista ganhou Roland Garros com o pé anestesiado. Nas circunstâncias em que estou, não posso continuar jogando. Conheça a Síndrome de Mueller Weiss

Origem da Síndrome de Mueller Weiss ainda é desconhecida - Reprodução Instagram @rafaelnadal

A Síndrome de Mueller Weiss é uma doença rara, que provoca dores crônicas nos pés e degeneração óssea. Uma condição que, até o momento, ainda tem sua origem desconhecida, mas que não impediu o tenista espanhol Rafael Nadal de ganhar seu 14º título de Roland Garros, no último domingo (05), aos 36 anos de idade.  

No entanto, para que isso fosse possível, Nadal precisou tomar injeções anestésicas no pé, para deixar a região afetada pela doença dormente enquanto ele jogava e, dessa maneira, conseguir suportar a dor. Ao final do torneio, o tenista não escondeu sua preocupação com a situação. "É óbvio que, nas circunstâncias em que estou, não posso continuar jogando”, afirmou.

Entenda a Síndrome de Mueller Weiss

“A Síndrome de Mueller Weiss é caracterizada por uma necrose avascular. Ou seja, é uma interrupção do fluxo sanguíneo para o osso navicular, no pé. Ela tem causas inespecíficas, mas está associada ao excesso de carga e à baixa irrigação que esse osso tem. Então, isso pode provocar a interrupção do fluxo sanguíneo para o osso e esse osso acaba necrosando e morrendo”, explica o Dr. Rodrigo Luiz Vetorazzi, médico ortopedista e coordenador da ortopedia do Hospital Albert Sabin, de São Paulo.

Segundo o especialista, o osso navicular – que é o afetado com a Síndrome de Mueller Weiss – é revestido por uma cartilagem que, diferente das estruturas ósseas do corpo, não é irrigada com sangue, mas, sim, com líquido sinovial. No entanto, com a necrose no osso navicular, essa cartilagem pode sofrer algumas deformidades ao longo do tempo. Sem falar na forte dor que tudo isso gera para o paciente.

Ainda não foi descoberta qual é a causa específica dessa condição, portanto, não existe uma maneira de prevenir o desenvolvimento dela. Entre os principais sintomas da Síndrome de Mueller Weiss estão: forte dor (por vezes até incapacitante) na região de cima do pé, deformidade no pé e dificuldade para andar. “Uma característica dessa doença é que osso fica em forma de vírgula”, diz o médico.

“O diagnóstico, geralmente, é clínico, baseado nos sintomas do paciente. É feito raio-X para ver se tem alguma alteração no osso. Pode-se usar outros exames, como ressonância e tomografia para realizar o diagnóstico também. Mas, um raio-X e um exame clínico bem-feito já pode dar diagnóstico”, explica o ortopedista.

O tratamento, inicialmente, é sintomático e ocorre através da prescrição de medicamentos para reduzir a dor e a inflamação provocada pela Síndrome de Mueller Weiss. No entanto, em casos mais complexos, a intervenção cirúrgica pode ser a melhor estratégia.

“É possível tentar fazer uma descompressão, que é uma perfuração do osso. Isso em casos iniciais, para tentar diminuir a dor e a pressão intraóssea dessa necrose avascular. Ou, caso não resolva, se tiver uma deformidade grande, é feita uma cirurgia que se chama artrodese. Que é fazer uma fusão programada e cirúrgica do osso navicular com outros ossos da região do pé. Se faz uma fusão dos ossos para diminuir a doer e melhorar a deformidade”, finaliza o Dr. Vetorazzi.

A Síndrome de Mueller Weiss é uma doença rara, que provoca dores crônicas nos pés e degeneração óssea. Uma condição que, até o momento, ainda tem sua origem desconhecida, mas que não impediu o tenista espanhol Rafael Nadal de ganhar seu 14º título de Roland Garros, no último domingo (05), aos 36 anos de idade.  

No entanto, para que isso fosse possível, Nadal precisou tomar injeções anestésicas no pé, para deixar a região afetada pela doença dormente enquanto ele jogava e, dessa maneira, conseguir suportar a dor. Ao final do torneio, o tenista não escondeu sua preocupação com a situação. "É óbvio que, nas circunstâncias em que estou, não posso continuar jogando”, afirmou.

Entenda a Síndrome de Mueller Weiss

“A Síndrome de Mueller Weiss é caracterizada por uma necrose avascular. Ou seja, é uma interrupção do fluxo sanguíneo para o osso navicular, no pé. Ela tem causas inespecíficas, mas está associada ao excesso de carga e à baixa irrigação que esse osso tem. Então, isso pode provocar a interrupção do fluxo sanguíneo para o osso e esse osso acaba necrosando e morrendo”, explica o Dr. Rodrigo Luiz Vetorazzi, médico ortopedista e coordenador da ortopedia do Hospital Albert Sabin, de São Paulo.

Segundo o especialista, o osso navicular – que é o afetado com a Síndrome de Mueller Weiss – é revestido por uma cartilagem que, diferente das estruturas ósseas do corpo, não é irrigada com sangue, mas, sim, com líquido sinovial. No entanto, com a necrose no osso navicular, essa cartilagem pode sofrer algumas deformidades ao longo do tempo. Sem falar na forte dor que tudo isso gera para o paciente.

Ainda não foi descoberta qual é a causa específica dessa condição, portanto, não existe uma maneira de prevenir o desenvolvimento dela. Entre os principais sintomas da Síndrome de Mueller Weiss estão: forte dor (por vezes até incapacitante) na região de cima do pé, deformidade no pé e dificuldade para andar. “Uma característica dessa doença é que osso fica em forma de vírgula”, diz o médico.

“O diagnóstico, geralmente, é clínico, baseado nos sintomas do paciente. É feito raio-X para ver se tem alguma alteração no osso. Pode-se usar outros exames, como ressonância e tomografia para realizar o diagnóstico também. Mas, um raio-X e um exame clínico bem-feito já pode dar diagnóstico”, explica o ortopedista.

O tratamento, inicialmente, é sintomático e ocorre através da prescrição de medicamentos para reduzir a dor e a inflamação provocada pela Síndrome de Mueller Weiss. No entanto, em casos mais complexos, a intervenção cirúrgica pode ser a melhor estratégia.

“É possível tentar fazer uma descompressão, que é uma perfuração do osso. Isso em casos iniciais, para tentar diminuir a dor e a pressão intraóssea dessa necrose avascular. Ou, caso não resolva, se tiver uma deformidade grande, é feita uma cirurgia que se chama artrodese. Que é fazer uma fusão programada e cirúrgica do osso navicular com outros ossos da região do pé. Se faz uma fusão dos ossos para diminuir a doer e melhorar a deformidade”, finaliza o Dr. Vetorazzi.

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