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AVC: implantes cerebrais podem reduzir sequelas? Entenda

Estudo recente sugere o uso de implantes cerebrais para auxiliar na na recuperação motora de pacientes que sofreram um AVC

AVC: implantes cerebrais podem reduzir sequelas? Entenda
AVC: implantes cerebrais podem reduzir sequelas? Entenda - Foto: Shutterstock

Após um acidente vascular cerebral (AVC), áreas do cérebro podem ser danificadas permanentemente, gerando impactos nas funções cognitivas e motoras. Como consequência, esses fatores afetam diretamente a qualidade de vida do paciente. No entanto, novos estudos têm indicado algumas possibilidades promissoras de tratamento, como o uso de implantes cerebrais.

Implantes cerebrais para AVC: como funcionam?

Um estudo recente divulgado pela revista científica Nature trouxe a indicação de que o uso de implantes no cerebelo pode ajudar pacientes após um acidente vascular cerebral. Isto é, uma pequena estrutura localizada na parte inferior traseira do cérebro. O objetivo seria a estimulação cerebral profunda, o que pode surtir efeitos positivos na recuperação motora de pacientes que sofreram AVCs.

O estudo avaliou 12 indivíduos com comprometimento, entre 1 e 3 anos, de moderado a grave dos membros superiores obtiveram melhorias de cerca de 15 pontos na Avaliação Fugl-Meyer do Membro Superior após um período entre 20 e 24 meses incluindo tratamento e acompanhamento.

Uma perspectiva promissora

De acordo com o neurocirurgião Dr. Bruno Burjaili, a abordagem é promissora por usar um mecanismo já conhecido para o tratamento de sequelas do AVC. No entanto, ainda são necessários mais estudos.

“Os eletrodos cerebrais analisados pelo estudo são similares aos que já são utilizados em tratamentos de Parkinson, distonia e tremor essencial. A novidade trazida pelo estudo é a sua utilização no cerebelo para ajudar na recuperação de sequelas AVC”, explica.

Para Bruno, os resultados são animadores, mas ainda não são suficientes para que o procedimento integre a prática clínica. “Para isso são necessários estudos mais abrangentes sobre os seus efeitos a longo prazo, a forma ideal da cirurgia, de acompanhamento posterior, indicação, entre outros fatores. Se essa nova estratégia estabelecer-se de fato, poderá fazer a diferença na recuperação de funções perdidas”, ressalta o médico.

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