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Câncer de mama: 10 mitos e verdades sobre a doença

Médica oncologista esclarece as principais dúvidas e sintomas do câncer de mama, subtipo que mais atinge as mulheres brasileiras

Câncer de mama
Câncer de mama / Foto: Shutterstock

O câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira. Ele é causado pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que formam um tumor com potencial de invadir outros órgãos. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 66 mil mulheres foram diagnosticadas com a doença em 2021, e mais de 17 mil morreram em 2020.

A informação é uma das formas mais eficientes de estimular o diagnóstico precoce, por isso é imprescindível esclarecer os mitos que cercam o câncer de mama. A médica oncologista Dra. Maria Cristina Figueroa Magalhães tira as principais dúvidas.

O câncer de mama só afeta quem tem histórico familiar

Mito. “Apesar de pessoas que possuem histórico de câncer de mama na família apresentarem maior risco de desenvolver a doença, medidas preventivas são fundamentais para qualquer mulher”, afirma a médica. Segundo o INCA, apenas 5% dos casos estão relacionados a fatores hereditários.

Amamentar pode proteger contra o câncer de mama

Verdade. Existem evidências de que quanto mais prolongado for o período de aleitamento, maior a proteção, principalmente se a gestação ocorrer antes dos 30 anos de idade. “Esse elo se dá porque a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, da exposição a certos hormônios femininos que podem estar associados ao surgimento de tumores, como é o caso do estrógeno. Então, o principal efeito protetor da amamentação é que ela pode retardar o restabelecimento dos ciclos ovulatórios”, explica a especialista.

Uma grande análise agrupada que incluiu dados individuais de 47 estudos epidemiológicos (aproximadamente 50.000 mulheres com câncer de mama invasivo e 97.000 controles) estimou que, para cada 12 meses de amamentação, houve uma redução de 4,3% no risco relativo de câncer de mama, como aponta a Dra. Maria Cristina.

Quem faz o autoexame não precisa de mamografia

Mito. O chamado “caroço” não é o único sintoma do câncer de mama, conforme a médica. “Além dele, existem alguns nódulos não palpáveis que só podem ser detectados por meio da mamografia. Este exame tem papel fundamental na detecção de calcificações, que podem surgir antes mesmo da imagem de um nódulo”, destaca.

O uso de desodorante pode causar câncer de mama

Mito. A oncologista explica que o câncer se origina da mutação do DNA celular herdado ou adquirido por fatores ambientais. “Nenhum tipo de desodorante causa essa modificação. O que pode acontecer com o uso deles são alergias e irritações”, acrescenta.

Mulheres mais velhas têm mais chance de desenvolver a doença

Verdade. As estatísticas mostram que a idade avançada é um dos fatores de risco para o câncer de mama. Isso não significa que os exames de prevenção não devam ser realizados em mulheres de outras faixas etárias, como alerta a médica. Dados do INCA mostram que a faixa etária que mais se beneficia do rastreio de câncer de mama é entre os 50 e os 69 anos. “É nesse grupo que o custo-efetividade da mamografia é adequado”, afirma a Dra. Maria Cristina.

Atividades físicas ajudam a prevenir o câncer de mama

Verdade. “A prática de atividades físicas traz benefícios à saúde em geral e ajudam a prevenir uma série de problemas crônicos e agudos. A obesidade e o sedentarismo aumentam o risco de desenvolvimento de câncer de mama”, reforça a médica.

Todo nódulo na mama é câncer

Mito. Ao longo da vida, nosso corpo apresenta uma multiplicação desordenada de células que podem formar nódulos nas mamas, mas nem sempre eles trazem risco para a mulher. “A maioria dos nódulos é de origem benigna e não apresenta risco de evoluir para câncer de mama”, tranquiliza a especialista.

A doença não tem cura

Mito. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores são as chances de cura. “Por isso, existe tanto empenho em torno da conscientização para o diagnóstico precoce, como ocorre na Campanha Outubro Rosa. No entanto, é sempre fundamental levar em conta que cada pessoa é única e a evolução da doença também. Os avanços nos tratamentos garantem altos índices de sucesso dos desfechos clínicos”, declara a oncologista.

A quimioterapia é indicada para todas as pacientes

Mito. A médica conta que o uso deste tratamento é bem frequente, mas em muitos casos não é necessário. “A decisão em relação ao uso ou não de quimioterapia é baseada em vários fatores, como tamanho e características do tumor, dados do tipo de câncer de mama e condições de saúde da paciente, entre outros”, explica. 

Conforme a Dra. Maria Cristina, terapias conjugadas com uso de medicamentos biossimilares estão ampliando as opções de tratamento de combate ao câncer de mama, o que vem contribuindo para desfechos clínicos bem-sucedidos.

É possível estar com câncer de mama e não apresentar sintomas

Verdade. A oncologista lista alguns sintomas do câncer que não estão relacionados a “caroços” nos seios. São eles: 

“Além disso, o rastreio com mamografia anual a partir dos 40 anos é extremamente importante para os casos em que a paciente não possui sintoma”, finaliza.

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