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Jovem se cura da endometriose após gravidez; ginecologista explica

Jovem engravidou mesmo com endometriose e indícios de infertilidade. Ginecologista detalha como a gestação pode reduzir a doença

Jovem fica curada de endometriose após gravidez; ginecologista explica
Jovem fica curada de endometriose após gravidez; ginecologista explica / Foto: Shutterstock

Giovana Santos convivia com a endometriose desde 2015, e aguardava ser chamada para tratar a infertilidade causada pela doença. Tudo mudou quando a jovem engravidou, aos 21 anos de idade. A moradora de Taubaté, região do Vale do Paraíba de São Paulo, teria se curado totalmente da doença após uma gestação não planejada.

A mulher recebeu o diagnóstico para endometriose somente em 2019, mas desde 2015 já sentia os sintomas da condição. Ela procurou um médico para entender o que estaria causando as fortes dores, desconfortos, náuseas e até desmaios durante o ciclo menstrual. Foi quando recebeu o diagnóstico da doença.

“Ele [o médico] me pediu alguns exames, e deu que eu estava com endometriose, cisto no ovário direito e estava com o volume do útero muito aumentado. Ele me disse que eu não poderia engravidar, que eu teria que fazer um tratamento e, mesmo assim, teria uma chance mínima de eu conseguir engravidar, porque meu útero estava muito fora do normal”, relatou a jovem ao Portal R7.

A gravidez foi de alto risco, com diversas ameaças de aborto, um deslocamento de placenta e idas incessantes ao hospital. Após ter o bebê, Giovana disse que “pôde ver o milagre em seus braços”. Em seguida, a jovem retornou ao médico para realizar novos exames. Um ultrassom indicou que ela já não tinha mais a endometriose, e seu útero estava com um tamanho normal.

Endometriose

O Dr. Rogério Tabet, médico ginecologista e obstetra do Sistema Público de Saúde (SUS), explica que a endometriose é uma modificação uterina. Todos os meses a camada interna do útero, chamada de endométrio, se descama e é expelida na forma de menstruação. No caso da endometriose, essa camada não é totalmente expulsa com a menstruação. Isso porque ela vai no sentido oposto, caindo nos ovários e se acumulando na região.

Além dos sintomas descritos por Giovana, a endometriose pode reduzir consideravelmente as chances de gravidez. “Para se ter uma ideia, a endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina. Em torno de 15 a 45% das mulheres acometidas pela doença têm dificuldade para engravidar”, estima o médico.

Tratamento e cura

O caso da jovem moradora de Taubaté surpreendeu a medicina duas vezes. Primeiro, porque ela pôde concluir a gestação, mesmo com os indícios de fertilidade e os riscos causados pela endometriose. Segundo, porque ela teria se curado totalmente da doença.

Mas, segundo o Dr. Rogério, a endometriose não tem cura, a doença apenas se estabiliza. O ginecologista explica que a gravidez pode ter ajudado Giovana a tratar a condição. “Se a pessoa não menstrua, estabiliza a doença, então a gravidez não deixa de ser um tratamento”, afirma.

Conforme o especialista, o tratamento costuma ser hormonal, com medicamentos que cessam a menstruação e o sangramento. Já a cirurgia é feita com o objetivo de retirar todos os focos da doença. 

“Pacientes que fazem tratamento da endometriose com uma equipe de reprodução humana geralmente passam por uma uma videolaparoscopia. Nela, os médicos fazem toda a verificação da cavidade abdominal, cauterizam, fazem a biópsia do peritônio, e retiram todas as aderências e trompas tortuosas”, detalha o ginecologista.

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