Salvo raras exceções, todo ser humano sente dor – nas mais variadas intensidades, formas e locais. Por mais desconfortável que seja, este é um recurso de defesa do organismo .Mas será que todo mundo sente da mesma forma e intensidade?
Para começar, é fundamental entender o que é a dor. Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), ela é “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ou descrita em termos de dano tecidual real ou potencial”.
Além disso, ela é uma ferramenta fisiológica de alerta para ameaças à integridade física de um organismo. Isso porque auxilia na percepção de cada pessoa sobre a saúde do seu corpo.
Afinal, o desconforto é igual para todos?
De acordo com o médico ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho, a dor pode variar bastante entre pacientes. “Ela é sempre subjetiva, e todos aprendem a usar a palavra por meio de sua própria experiência”, diz o médico.
Em cada tipo, pode-se observar quatro propriedades, indica o especialista:
- Nocicepção, que pode detectar estímulos nocivos;
- Percepção, que consiste na forma como o organismo sente os estímulos;
- Sofrimento;
- Comportamento.
“Essas características estão sempre presentes na dor, mas variam de acordo com o tipo. Em proporções diferentes, no entanto, é necessário saber que existe um limite abaixo do qual nenhuma dor é sentida, chamado de limiar de percepção, e também existe um limite acima do qual a dor não pode ser sentida”, explica o ortopedista.
Segundo o médico, a dor torna-se insuportável quando ultrapassa o chamado limiar de tolerância.