O MC Cabelinho, 26, passou recentemente por uma cirurgia de vasectomia reversível. Ele usou as redes sociais para esclarecer as dúvidas dos fãs e disse que ainda poderá ser pai quando quiser, mas que no momento está focado na carreira. O cantor está namorando a atriz Bella Campos, que interpretou a personagem Muda na novela “Pantanal” (TV Globo).
“Quero deixar bem claro que posso ser pai quando quiser e por isso optei pela vasectomia reversível. Então, quando eu sentir que for a hora, vou operar de novo e fazer meu little baby. Porém, eu sei onde quero chegar, quero continuar focado no meu trabalho 100% para entregar o melhor para os meus fãs”, declarou o funkeiro.
Vasectomia reversível
Desde o século 18 existem técnicas com objetivos semelhantes aos da vasectomia, mas foi em 1957 que o procedimento foi feito pela primeira vez da maneira que conhecemos hoje. Desde então, é comum que os homens se arrependam da cirurgia. No entanto, caso isso aconteça, dois procedimentos podem ajudá-los a ter um filho: uma reversão de vasectomia ou aspiração de esperma antes da fertilização in vitro (FIV).
“O médico pode ajudá-lo a escolher qual procedimento é melhor com base em alguns fatores, como, por exemplo, o tempo que se passou desde sua vasectomia, sua idade, o número de filhos desejados, o custo e com que rapidez espera-se conceber uma criança, naturalmente ou por meio de fertilização in vitro”, explica o Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor clínico da Neo Vita.
Para quem deseja fazer um procedimento não-definitivo, a primeira coisa a fazer é procurar um médico, destaca o especialista. “Isso porque ele verá seu histórico e fará um exame físico para garantir que o paciente não tenha outros problemas de saúde que possam afetar a fertilidade. Além disso, a parceira também deve consultar o profissional para garantir que ela não tenha problemas de fertilidade”, explica.
Como é feita a reversão?
Novamente, existem dois tipos de procedimentos de reversão de vasectomia. A escolha depende da área do trato reprodutivo masculino que foi bloqueada durante o procedimento original, segundo o médico.
“Uma vasovasostomia se conecta às duas extremidades do ducto deferente. O ducto deferente é um tubo que transporta os espermatozoides para fora do testículo. O homem tem dois vasos deferentes, um de cada lado na bolsa escrotal. Cada um dos vasos deferentes teve um corte durante a vasectomia para evitar que os espermatozoides se transportem para fora dos testículos”, explica o especialista.
“Já a vasoepididimostomia é um procedimento que reconecta o epidídimo ao ducto deferente. O epidídimo é o ‘chapeuzinho’ que fica sobre o testículo e é onde os espermatozoides amadurecem. Esta cirurgia é uma alternativa quando uma vasovasostomia não é possível devido a bloqueios causados pela vasectomia”, completa.
É o médico quem vai decidir qual o procedimento mais adequado durante a operação. No entanto, ambos os tipos de reversão de vasectomia podem permitir que o paciente tenha um bebê naturalmente através da relação sexual, destaca o especialista em reprodução humana.
Fertilização in vitro
Outra opção para quem deseja fazer uma vasectomia e ter filhos mais pra frente é a reprodução assistida. Essa alternativa é ainda mais eficiente quando a parceira também apresenta problemas de fertilidade. Nesse caso, os espermatozoides colhidos do paciente são usados para fertilizar os óvulos da sua parceira em um laboratório usando a fertilização in vitro, explica o Dr. Fernando.
“Como a quantidade de espermatozóides é pequena, seu uso para inseminação artificial não é recomendado. Quando esse método é usado junto com a fertilização in vitro, é muito bem-sucedido, especialmente se a parceira tiver menos de 35 anos. Existem várias outras vantagens para este método. Isso pode significar que levará menos tempo para a parceira engravidar e a paciente não precisará voltar a usar anticoncepcional após uma gravidez bem-sucedida. É também um procedimento menos invasivo para o parceiro masculino”, explica o médico.