Além de proporcionar um vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, a amamentação é indispensável para a saúde de ambos. Para a mulher, especialmente, o ato de amamentar, muitas vezes, ajuda a reduzir o peso corporal. No entanto, esse fenômeno não é uma regra, e pode não atingir todas as novas mamães.
Vale destacar que, durante a gravidez, o corpo armazena reservas de gordura para garantir o suprimento de energia durante a amamentação. Desta forma, amamentar pode contribuir para queimar calorias e promover a perda de peso de forma natural e gradual. Além disso, a produção de leite requer energia, o que facilita o gasto calórico diário das mães.
Afinal, amamentar emagrece?
É importante ressaltar que cada mulher é única e o processo de emagrecimento pós-parto. Algumas mulheres perdem peso mais rapidamente com a amamentação, enquanto outras podem demorar mais tempo no processo, ou inclusive ganhar peso pelo consumo de alimentos mais palatáveis (ricos em gordura e açúcar) por causa do estresse gerado pela nova condição.
“É muito cruel se cobrar a voltar ao corpo de antes nesse momento. É fundamental respeitar o seu tempo, tentar focar na saúde, manter uma alimentação saudável (comida de verdade) associado à suplementação que sua obstetra orientar e [beber] muita água. Quando for amamentar, deixe uma garrafa grande de água sempre ao lado”, explica Iana Carruego, ginecologista, médica da Clínica Elsimar Coutinho.
Fatores que influenciam na perda de peso durante a amamentação
A especialista aponta fatores que podem interferir na perda de peso durante a amamentação. Confira:
- Metabolismo individual: Cada mulher tem um metabolismo diferente, que influencia na queima de calorias. Por isso, é importante evitar comparações;
- Quantidade de leite materno: Quanto mais leite a mulher produz, mais calorias ela gasta;
- Dieta: Uma dieta saudável (com o mínimo de industrializados) e equilibrada é essencial para o emagrecimento, mesmo durante a amamentação;
- Nível de estresse: O estresse pode dificultar o emagrecimento;
- Sono: Dormir bem é essencial para o bom funcionamento do metabolismo e para a perda de peso, mas nos quatro primeiros meses isso é mais complicado, pois o bebê ainda está aprendendo a dormir;
- Genética: a genética também pode influenciar na predisposição para o emagrecimento.
Além disso, Iana recomenda a prática de exercícios físicos, o que ajuda a queimar calorias e acelerar o metabolismo. Vale lembrar que o tecido adiposo nesse momento é rosa (ou seja, ele é metabolicamente mais ativo, queima mais fácil a gordura), mas encaixar um exercício na nova rotina não é fácil.
“É indicado fazer algo que lhe dê prazer, como um esporte, caminhada, bicicleta, por exemplo, pois nós precisamos tirar um tempinho no dia para voltar recarregada”, recomenda a médica.
É sempre importante destacar que a amamentação é uma fase que requer alguns cuidados. “Para se obter os benefícios de forma segura e eficaz é essencial contar com auxílio médico adequado e ter uma rede de apoio participativa. Neste período, é fundamental o acompanhamento de profissionais de saúde, como obstetras, pediatras e nutricionistas para a garantia de uma vida saudável e tranquila para as mães e seus filhos”, finaliza a especialista.