A ovulação é a liberação do óvulo pelo ovário para uma das tubas uterinas, fenômeno fundamental para a fecundação acontecer. Ou seja, é nesta fase em que a mulher tem mais chances de engravidar. Por isso, muitas têm curiosidade – e também dúvidas – para identificar quando está ovulando.
4 sinais de que você está ovulando
O primeiro passo natural para saber se está ovulando é conhecer a regularidade do próprio ciclo menstrual. Mas, além disso, a médica obstetra Dra. Dúnia Poli do Valle aponta 4 sinais que o corpo geralmente dá durante a ovulação:
1. Mudança do muco cervical: durante o período fértil, o muco pode ser mais pegajoso e filante, tendo o famoso aspecto “clara de ovo”. Ele também é bastante aquoso, o que pode causar manchinhas de “água” na calcinha;
2. Aumento da temperatura corporal: essa mudança ocorre no fim do período fértil e se mantém até próximo do início da menstruação. Trata-se de algo sutil, mas perceptível para quem mede a temperatura corporal todos os dias, como mulheres que praticam métodos de percepção da fertilidade;
3. Aumento da líbido: o aumento do apetite sexual também é comum durante o período fértil e, portanto, pode ser um indicativo de ovulação;
4. Cólica ou dor: algumas mulheres podem relatar uma dor tipo pontada durante a ovulação, ou até uma cólica em baixo ventre nesta fase. Isso acontece porque na liberação do óvulo pode acontecer o rompimento de algum pequeno vaso sanguíneo próximo ao ovário e este sangue irritar a cavidade abdominal causando dor.
“É importante lembrar que o período fértil dura cerca de 6 dias, mas que a ovulação em si só dura 24 horas. Isso ocorre porque essas alterações do muco cervical permitem que o espermatozóide sobreviva por mais tempo no corpo feminino (até 3 dias em média), e durante o período fértil todo é quando temos a chance de engravidar”, aponta a especialista.
Como calcular a janela de ovulação no ciclo
A obstetra destaca que é um mito achar que a ovulação ocorre exatamente na metade do ciclo menstrual. Isso porque as mulheres são diferentes, os ciclos variam em duração e “porque não somos robôs”, diz Dúnia.
“Nosso ciclo pode se alterar de acordo com alterações no sono, alimentação, stress, fatores emocionais e alguma alteração metabólica. Não é confiável se basear na famosa tabelinha ou nos atuais aplicativos de anotação de ciclo menstrual”, adverte.
Segundo ela, se a mulher deseja realmente perceber e reconhecer o período fértil é preciso usar um método mais fidedigno de observação do próprio corpo, como os métodos de percepção da fertilidade.
“Estes métodos ensinam a observar muco cervical, temperatura, característica do colo do útero e sintomas secundários. Existem mulheres que são instrutoras destes métodos e acompanham usuárias até que aprendam”, salienta.
Mulheres que usam métodos contraceptivos ainda ovulam?
Dúnia explica ainda que as mulheres que usam método contraceptivo hormonal em geral não ovulam e, portanto, não têm os sintomas citados e nem sintomas associados a flutuações hormonais (como ocorre na “TPM”).
“Usuárias do DIU hormonal podem ou não ovular, depende da resposta de cada mulher ao método. Além disso, e usuárias do DIU de cobre ou cobre e prata seguem tendo seus ciclos menstruais inalterados pelo método”, afirma.