Medicamentos

Especialista esclarece mitos e verdades sobre o implante hormonal

Seja para tratar doenças ginecológicas ou combater os efeitos da menopausa, conheça as funções do implante hormonal

Especialista esclarece mitos e verdades sobre o implante hormonal - Foto: Shutterstock

O implante hormonal, inserido na pele através de um tubinho de 4 a 5 cm, contém substâncias que caem na corrente sanguínea e, de maneira controlada, passam a regular a quantidade de hormônios no organismo feminino. Assim, é possível tratar doenças como endometriose, miomatose, entre outras comorbidades ginecológicas. 

“É comum a utilização desses hormônios para bloquear a ovulação, tratar desequilíbrios, assim como nos casos de doenças hormônio dependentes. Ademais, os tratamentos podem ser individualizados, com substâncias e doses específicas para cada paciente”, revela Walter Pace, professor doutor em ginecologia e especialista em reprodução humana.

Segundo ele, o que faz mal em questão de hormônios não é o hormônio em si, mas sim seu  excesso ou carência.

Afinal, para que serve o implante hormonal?

Implante hormonal é uma via de administração de hormônios pelo subcutâneo que, pelo fato de não ter a primeira passagem pelo fígado e pelo estômago, traz uma série de vantagens. Uma delas, aliás, é evitar efeitos colaterais. 

Através dessa via, é possível usar hormônios para anticoncepção, para o tratamento de doenças que são hormônio dependentes como endometriose, miomatose, hiperplasia, displasia mamária, osteoporose e, também, para reposição hormonal – a exemplo de mulheres no climatério e na pós-menopausa.

A aplicação do implante hormonal causa dor?

Mito. A aplicação dos implantes hormonais raramente provoca dor, é um procedimento bastante inócuo, tranquilo, pouco agressivo para a mulher. 

O tratamento com implante hormonal pode causar infertilidade?

Mito. O implante é só uma via. É preciso analisar as substâncias que vão dentro dos implantes, os hormônios. 

Determinados hormônios, ao contrário, protegem contra fatores que levam à infertilidade, tal como os progestágenos – que bloqueiam a ovulação, tratam da endometriose e tendem a desinflamar a pelve e, na maioria das vezes, suprimem a menstruação. 

Com isso, levam à preservação da fertilidade porque diminuem a inflamação e diminuem o refluxo do sangue do interior do abdômen.  

Tratamentos individualizados podem minimizar o surgimento de efeitos colaterais?

Verdade. Partindo do princípio que o que faz mal em hormônio não é o hormônio, mas sim, o excesso ou a carência, a partir de uma medicação ou esquema hormonal que seja equilibrado, esses efeitos colaterais tendem a reduzir. 

Os tratamentos hormonais, na maioria das vezes, têm como propósito tratar uma determinada carência, ou algumas vezes, tratar o excesso. O que de fato faz mal é o desequilíbrio. Por meio de um tratamento individualizado, é possível montar um esquema equilibrado, eliminando os efeitos colaterais.

“A chave e o ponto central é buscar uma linha de equilíbrio na administração desses hormônios, quando aplicados corretamente, tratamos os desequilíbrios, de fato. Determinados hormônios, provém o ganho de massa magra, perda da gordura, o que facilita o emagrecimento, mas sozinhos não fazem isso, precisa-se de uma boa alimentação e bom hábito de atividades físicas.  A vida tem que ser saudável”, afirma Pace.  

Você também vai gostar

Saúde Mental

Diferenciar os efeitos da condição com problemas do coração pode não ser uma tarefa fácil

Câncer

Cada vez mais pessoas abaixo dos 50 anos de idade são diagnosticadas com câncer colorretal. Saiba identificar os sinais de alerta

Emagrecer

Nutricionista explica o que é necessário fazer para perder peso de maneira saudável e segura

Emagrecer

Consumir menos calorias do que se gasta diariamente é uma estratégia para quem busca perder peso

Sair da versão mobile