Celebramos, na última semana, o Dia Mundial da Menopausa. A data, comemorada em 18 de outubro, é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde com o intuito de promover um debate sobre a saúde feminina.
De acordo com a ginecologista Giani Cezimbra, o marco é importante para a conscientização sobre tudo que envolve o processo de término da vida reprodutiva das mulheres. Dessa forma, pode-se ressaltar os aspectos positivos, como a maturidade, a sabedoria e a experiência de vida de uma fase na qual o foco não é a reprodução.
Além disso, é uma oportunidade de esclarecer acerca dos sintomas da condição. A especialista explica que os sinais da menopausa sempre foram muito invisibilizados. Por isso, a especialista ressalta a importância de materiais como Manual de Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa, coordenado por ela e elaborado pelo Ministério da Saúde.
O que é a menopausa?
A menopausa corresponde ao fim das menstruações na vida de uma mulher. Esse processo é consequência de questões hormonais do período que marca o fim das ovulações.
Nesse momento, há o final da produção ovariana feminina e as menstruações cessam. A média de idade das mulheres que entram em menopausa varia entre os 40 e 55 anos.
A especialista explica que essa condição pode ser de três tipos:
- Natural: se manifesta a partir de alterações hormonais fisiológicas comuns à idade e ao corpo feminino.
- Cirúrgica: ocorre após a realização de procedimentos como a retirada do útero.
- Química/medicamentosa: alguns tratamentos e medicamentos podem auxiliar no desenvolvimento da menopausa precoce. É o caso de terapias oncológicas, por exemplo.
Sintomas
Os sinais desse processo podem ser diversos, porém a ginecologista esclarece que estão ligados à diminuição dos hormônios progesterona, estrógeno e testosterona. Confira os principais sintomas abaixo.
- Fogachos
- Ressecamento vaginal
- Sono irregular
- Redução da libido
- Indisposição
- Perda de massa muscular
É fundamental frisar que os sintomas da menopausa e suas manifestações podem variar de mulher para mulher. Além disso, é fundamental tratá-los corretamente para que haja uma melhor qualidade de vida. Por isso, o ideal é consultar um profissional para obter um diagnóstico preciso e individual.
Tratamentos
A especialista esclarece que a prática de atividades físicas auxilia no aumento da produção de dopamina, sendo uma boa alternativa para reduzir os sintomas. Assim, é possível investir em longevidade durante a menopausa. Ademais, o tratamento pode se dividir em duas abordagens:
Hormonais: reposição do estrogênio e da testosterona.
Não hormonais: práticas integrativas e complementares que incluem a fitoterapia, acupuntura e homeopatia, por exemplo.
Outra dica para evitar os fogachos é evitar locais e roupas quentes, além do consumo de comidas de comidas e bebidas mais calorosas, como vinho.