Recentemente, Gretchen se submeteu a mais algumas cirurgias plásticas, uma delas feita na região íntima. Trata-se do rejuvenescimento vaginal, procedimento que deixou a cantora, de 63 anos, muito feliz com o resultado. Mas não só ela, Gretchen disse que seu marido também ficou bastante satisfeito. “A menina está linda, nova, jovem e apertadinha. Meu marido adora”, comentou.
A ginecologista Dra. Naira Scartezzini Senna, professora e consultora do grupo Afya, explica que o rejuvenescimento vaginal, ou íntimo, é um conjunto de técnicas. Ela cita, por exemplo, a radiofrequência, aplicação de laser, uso de clareadores, bioestimuladores, preenchedores, até alguns procedimentos cirúrgicos de fato.
Impactos do rejuvenescimento vaginal
Conforme a especialista, o rejuvenescimento tem propósito quase que puramente estético, mas, em alguns pontos, ele pode promover uma melhora funcional. O procedimento também pode afetar a resposta sexual da paciente, pois a genitália é uma região de intensa inervação.
“Qualquer procedimento, seja ele invasivo ou não invasivo na região, pode gerar uma alteração de resposta dessa inervação. Isto é, pode mudar a sensibilidade, seja por conta do processo cicatricial ou do que quer que tenha sido aplicado”, justifica a médica.
Ela destaca ainda que o rejuvenescimento vaginal não amplia o prazer feminino. “Ele pode sim apresentar uma modificação na resposta sexual por conta do processo de cicatrização, mas ele não tem a função ampliar o prazer feminino ou facilitar o orgasmo, por exemplo”, esclarece.
Riscos do procedimento
A ginecologista explica que os riscos envolvidos no rejuvenescimento íntimo são os mesmos associados a outros tipos de procedimentos estéticos que envolvem aplicação de laser ou a injeção de preenchedores e bioestimuladores.
“Essa paciente pode desenvolver reações alérgicas na região, alterações de cicatrização ou processos infecciosos associados ao tratamento. Além disso, como já falamos anteriormente, pode haver alterações de sensibilidade local”, alerta a médica.
Naira destaca que, como o rejuvenescimento vaginal tem um cunho estético maior do que funcional, é importante encararmos o procedimento com ressalvas. “Isso porque atualmente a gente tenta fugir da ditadura dos padrões estéticos pré-estabelecidos, e adotar esses para a região genital é um retrocesso nesse sentido”, declara a ginecologista e professora.
“É muito importante ter uma ampliação da gama dos procedimentos disponíveis para atender as necessidades das pessoas. No entanto, devemos vê-los com ressalva e não enquadrá-los como um padrão necessário, mas sim avaliar cada caso individualmente. É preciso entender qual é a necessidade funcional daquela paciente ou qual é o seu desconforto estético, para verificar se cabe a ela algum desses tipos de procedimento ou não”, finaliza.