Doenças

Sequelas da varíola dos macacos: 9 problemas oculares que a doença pode gerar

Oftalmologista alerta para os riscos que a infecção tem a capacidade de provocar aos olhos

Sequelas da varíola dos macacos / Foto: Shutterstock

As sequelas da varíola dos macacos, doença que não para de se espalhar pelo mundo e preocupa cada vez mais a comunidade científica, geralmente, não são graves. Os sintomas da doença, que tende a ser benigna, duram alguns dias e vão embora. No entanto, em alguns casos, a infecção pode provocar danos mais duradouros nos pacientes.

Segundo o médico oftalmologista, Dr. Leôncio Queiroz Neto, especialista do Instituto Penido Burnier de Campinas, as sequelas da varíola dos macacos podem oferecer danos para a saúde ocular. Os principais grupos de risco são crianças, imunossuprimidos e gestantes. “A doença já é bem conhecida pela comunidade médica. Uma evidência disso são os diversos estudos científicos que vem sendo realizados desde que a varíola dos macacos surgiu na África”, comenta.

O oftalmologista afirma que as nove alterações oculares decorrentes de sequelas da varíola dos macacos e suas respectivas frequências elencadas pela comunidade científica são:

  1. Aumento dos gânglios linfáticos perioculares – 75%
  2. Formação de vesículas na órbita e ao redor dos olhos – 25%
  3. Blefarite – 30%
  4. Conjuntivite – 30%
  5. Lesão foco conjuntival – 17%
  6. Úlcera na córnea – 4%
  7. Fotofobia ou aversão à luz – 22,5%
  8. Ceratite (inflamação da córnea) 3,6% a 7,5%
  9. Perda da visão – 10% nas contaminações primárias e 5% nas contaminações secundárias.

Para evitar que isso ocorra, o Dr. Queiroz também separou algumas condutas simples de prevenção contra as sequelas da varíola dos macacos e a própria doença. Confira:

  • Lave as mãos com frequência;
  • Evite levar as mãos aos olhos;
  • Mantenha os olhos lubrificados;
  • Em caso de diagnóstico de varíola dos macacos ou desconforto nos olhos consulte um especialista;
  • Não use colírio por conta própria. Todo medicamento tem efeitos colaterais que podem ser perigosos.

Lembrando que o contágio pode ocorrer através de fronhas, lençóis, toalhas e talheres utilizados por um doente ou pelo contato com secreção das lesões da pele, saliva ou gotículas das vias respiratórias. “Basta tocar um desses elementos e levar as mãos aos olhos para contrair o vírus e contaminar o globo ocular”, finaliza o oftalmologista.

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