O Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira a distribuição de imunizantes para a campanha de vacinação contra a Monkeypox, ou mpox. A doença anteriormente era chamada de “varíola dos macacos”.
De acordo com a pasta, o atual cenário epidemiológico da Monkeypox apresenta queda progressiva. Por isso, as pessoas com maior risco de contaminação e evolução para as formas graves da doença terão prioridade para se vacinar.
O Ministério autorizou duas estratégias de vacinação: para a pré e para a pós-exposição. Os grupos prioritários para pré exposição são:
- Pessoas que vivem com HIV/Aids com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses: homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos;
- Profissionais que atuam nos laboratórios em contato com o vírus (pré-exposição): pessoas de 18 a 49 anos de idade que trabalham diretamente com Orthopoxvírus [a família do vírus da monkeypox] em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3).
Já a vacinação pós-exposição se aplica a:
- Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para monkeypox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além disso, o Ministério da Saúde informou que o esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas. Por enquanto, a imunização é restrita para uso em adultos com idade igual ou superior a 18 anos.
O imunizante a ser utilizado no Brasil é o Jynneos, e a empresa responsável é a dinamarquesa Bavarian Nordic. Esse é o mesmo imunizante em utilização nos Estados Unidos e na Europa.