Já são 60 o número de casos confirmados para febre maculosa no Brasil este ano. Em todo o país, as 11 mortes registradas se concentram no Sudeste, sendo nove em São Paulo, uma em Minas Gerais e outra no Rio de Janeiro. Como os casos são predominantes em zonas de campo, é importante acender um alerta durante as férias de julho, principalmente para quem vai viajar.
O que é a febre maculosa?
A febre maculosa é uma doença infecciosa, transmitida pelo carrapato – vetor natural da bactéria que causa a enfermidade. “Esse contato pode ocorrer quando a gente vai em uma região de campo onde tem esse carrapato, ou quando a gente entra em contato com alguns animais, como cachorro, animais silvestres e cavalos, que têm o carrapato”, explica o Dr. Evaldo Stanislau, professor de medicina na Universidade São Judas Tadeu e médico infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP).
Prevenção
Os quadros de febre maculosa avançam rapidamente, e podem levar a óbito. Por isso, saber as formas de prevenir a doença é fundamental. Segundo o Dr. Evaldo, a principal forma de evitar um agravamento do caso é estar atento ao próprio corpo e aos locais onde vai.
“Se você vai a uma região de campo e vê o carrapato na sua pele, ou mesmo que você não perceba, mas ao retornar de uma região de risco e sentir, poucos dias depois, um quadro de dores no corpo, febre, dor de cabeça e manchas vermelhas, procure a orientação de um médico e diga claramente a ele onde e quando você esteve”, orienta o infectologista.
Essa conduta é indispensável, pois os sintomas da febre maculosa se parecem muito com de várias doenças infecciosas. “Então, se a pessoa não alertar ao médico sobre essa sua exposição de risco, a gente vai perder o tempo precioso investigando outras doenças”, adverte o especialista.
Tratamento da febre maculosa
Descrever ao médico onde esteve e quando é fundamental, pois a doença exige um antibiótico específico. Isso significa que qualquer outro medicamento não funcionará para tratar a febre maculosa. Por isso, o diagnóstico correto é tão importante, alerta Evaldo.
“Esses casos [de mortes por febre maculosa] lamentavelmente servem de alerta para que a gente tenha uma atenção especial e preste mais atenção sobre onde nós vamos e o que nós fazemos”, afirma o professor universitário.