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Vitamina D: por que ela nunca pode ficar em falta? Entenda

A vitamina D é um nutriente essencial para o funcionamento do organismo em qualquer fase da vida. Saiba como não deixá-lo em falta

Vitamina D: por que ela nunca pode ficar em falta? Entenda - Foto: Shutterstock

Os níveis baixos de vitamina D na população de todo o mundo tem chamado a atenção dos especialistas. Diferentes análises apontam que a deficiência, provavelmente, tem relação com o estilo de vida. No entanto, é importante estar alerta, pois essa deficiência pode desencadear diversos problemas de saúde

Essa deficiência de vitamina D tem sido apontada por diversos estudos. Um deles,  publicado no periódico científico Journal of Nutrition em 2020, revelou que 88% dos habitantes do planeta apresentam níveis abaixo do recomendado. 

Isto é, acima de 20 ng/ml em indivíduos saudáveis com menos de 65 anos e entre 30 a 60 ng/mL em pessoas acima dessa idade ou com comorbidades que podem comprometer sua absorção. É o caso, por exemplo, da obesidade, insuficiência hepática, doenças inflamatórias intestinais e quem se submeteu a cirurgia bariátrica.

No Brasil o cenário não é diferente. Uma pesquisa realizada por uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fiocruz mostrou que cerca de 875 mil pessoas com mais de 50 anos apresentam deficiência de vitamina D. Além disso, 7,5 milhões nessa faixa etária estão com concentrações de vitamina D inferiores às consideradas saudáveis.

Benefícios da vitamina D 

Todos esses dados são preocupantes, já que essa substância é essencial e proporciona muitos benefícios ao organismo. O mais conhecido é o fortalecimento ósseo, evitando males como osteoporose. Mas não para por aí: evidências científicas já mostraram que ela também melhora a imunidade e ajuda no combate a doenças metabólicas, neurológicas e psiquiátricas.

Por que ela não pode ficar em falta?

Já a sua ausência está relacionada a diversos males, como doenças inflamatórias intestinais, autoimunes, cardiovasculares e neurodegenerativas e infecções virais e bacterianas, por exemplo. 

Os baixos níveis da substância também fizeram diferença durante a pandemia. Um levantamento do Hospital Israelita Albert Einstein, feito entre julho de 2020 e janeiro de 2021 com 200 pacientes infectados com Covid-19, mostrou que os participantes que estavam com vitamina D baixa tinham mais propensão a ter uma evolução pior da doença.

Essencial em todas as fases da vida

À medida que caminhamos pelas diferentes estações da vida, desde os primeiros passos da infância até a maturidade da idade adulta, a vitamina D é essencial. Afinal, essa substância é capaz de moldar nosso desenvolvimento ósseo, além de fortalecer nosso sistema imunológico. 

Segundo a endocrinologista e metabologista Dra. Lívia Marcela, é importante ficar atento aos níveis de vitamina D ao longo do tempo. Ela explica que a metabolização da substância diminui ao longo da vida, tornando os idosos mais suscetíveis à deficiência do nutriente.

A vitamina D desempenha um papel vital na saúde óssea em todas as fases da vida, desde a infância até a idade adulta. Seus benefícios são inúmeros e fundamentais para uma vida saudável. Por isso, é essencial que cada indivíduo conheça suas necessidades específicas e busque orientação médica para garantir uma adequada suplementação, se necessário.

Especialmente importante para as mulheres

Além disso, Lívia ressalta a importância da vitamina D para as mulheres, que tendem a perder mais massa óssea, especialmente durante a pós-menopausa devido à diminuição dos níveis de estrogênio. “A vitamina D se torna essencial para a manutenção da massa óssea, por isso é tão importante para as mulheres”, afirma a especialista.

Isso ocorre por conta da absorção de cálcio pelo intestino. “Se houver deficiência de vitamina D, a absorção de cálcio fica comprometida”, explica a especialista. O cálcio é fundamental para a saúde óssea, mantendo a densidade e a massa óssea tanto em homens quanto em mulheres. 

No entanto, devido à privação estrogênica enfrentada pelas mulheres durante a menopausa, elas são mais suscetíveis à osteoporose. Portanto, manter os níveis adequados de vitamina D é fundamental para prevenir a perda óssea em ambos os gêneros.

Outros grupos vulneráveis à deficiência de vitamina D. 

Lívia explica que idosos, indivíduos que usam roupas que cobrem grande parte do corpo e têm pouca exposição ao sol, pessoas com má absorção intestinal, como aquelas que passaram por cirurgias bariátricas, e aquelas que têm doenças ósseas como osteoporose e osteopenia, são mais propensos a apresentar baixos níveis do nutriente. Além disso, certos medicamentos, como anticonvulsivantes, carbamazepina e fenobarbital, podem interferir na metabolização da vitamina D.

Como aumentar os níveis de vitamina D no corpo

A substância é naturalmente produzida no organismo através da exposição solar. Outra forma de obter a vitamina é através de fontes alimentares, especialmente peixes gordurosos, como o salmão, gema de ovo, cogumelos, fígado bovino e produtos lácteos. 

Infelizmente, a vida moderna é apontada como uma das grandes culpadas pela baixa concentração da vitamina na população. Isso porque ela não propicia muitos momentos ao ar livre e não favorece uma dieta equilibrada – fatores essenciais para obter os níveis adequados da substância.

A principal fonte de vitamina D é a exposição solar, pois a ativação ocorre através dos raios UVB. No entanto, devido aos riscos de câncer de pele, Lívia orienta evitar a exposição ao sol do meio-dia. “A recomendação é tomar sol pela manhã, até às 10 horas, por cerca de 15 a 20 minutos diários. Essa exposição moderada permite que nosso organismo produza a quantidade adequada de vitamina D”, explica a endocrinologista.

Quanto à suplementação do nutriente, a recomendação é individualizada, de acordo com os níveis sanguíneos de cada pessoa. Lívia explica que, em casos de deficiência de vitamina D, é comum prescrever uma dose de ataque, ou seja, uma dose mais elevada do nutriente seguida por uma fase de manutenção para manter os níveis dentro da faixa de normalidade.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia(SBEM) sugere que para pessoas sem doenças crônicas, os níveis de vitamina D entre 20 e 60 são considerados adequados. No entanto, para aqueles que têm osteoporose, osteopenia, estão amamentando, são gestantes ou estão na pós-menopausa, a recomendação é manter os níveis de vitamina D acima de 30.

Dica da especialista

Investir na saúde é fundamental para ter uma vida longa e saudável, destaca Lívia. “Portanto, a dica que fica é: aproveite o sol da manhã com moderação, mantenha uma dieta equilibrada com fontes de vitamina D e, sempre que necessário, conte com a orientação de um profissional de saúde qualificado. Afinal, a vitamina D é um aliado valioso”, conclui a especialista.

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