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AVC precoce pode ser mais comum em certos tipos sanguíneos

Pesquisa sugere que pessoas do tipo sanguíneo A têm mais chance de sofrerem um AVC antes dos 60 anos de idade

AVC precoce pode ser mais comum em certos tipos sanguíneos / Foto: Shutterstock

Um estudo publicado no jornal científico Neurology aponta uma relação entre o gene que define o tipo sanguíneo de um indivíduo e a ocorrência de um AVC isquêmico antes dos 60 anos de idade. Um Acidente Vascular Isquêmico é causado pelo bloqueio da corrente sanguínea, que impede o sangue de chegar ao cérebro. 

Os pesquisadores reuniram dados de 48 estudos genéticos, que incluíram 17 mil pessoas vítimas de derrame isquêmico e quase 600 mil do grupo controle – isto é, que não sofreram AVC. Todos os participantes tinham entre 18 e 59 anos de idade. 

A análise descobriu uma prevalência do grupo sanguíneo do tipo A entre as pessoas que tiveram um derrame precoce (em comparação com pessoas que tiveram AVC quando idosas ou nunca o tiveram). O risco de ter AVC em qualquer idade foi maior nas pessoas com sangue tipo B, em comparação com o grupo de controle. 

Mais especificamente, os pesquisadores verificaram que aqueles que tinham sangue tipo A apresentaram um risco 16% maior de ter um derrame precoce do que pessoas com outros tipos sanguíneos; para os de tipo O, o risco era 12% menor. 

O que é o AVC isquêmico

Esse é o tipo mais comum de acidente vascular cerebral, responsável por 85% dos casos. Geralmente é causado por hipertensão arterial, diabetes, aterosclerose, obesidade ou estilo de vida desregrado, o que tanto um adulto acima de 65 anos, como também um jovem pode apresentar.

No entanto, a ocorrência de AVC não é comum em pacientes jovens, como aponta o Dr. Wanderley Cerqueira de Lima, neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein. “Nos pacientes jovens, esses episódios ocorrem, na grande maioria, nas mulheres. Principalmente naquelas que são tabagistas, obesas ou que fazem uso de anticoncepcional”, esclarece o médico.

Wanderley os pacientes jovens podem ter alguma condição desconhecida, até mesmo por falta de check ups rotineiros. São exemplos a arritmia cardíaca, falha nas comunicações do coração ou alguma outra comorbidade escondida ou ignorada.

Prevenção

O neurocirurgião afirma que a prevenção do AVC deve ser igual a prevenção de qualquer doença do coração: 

  • Evitar o fumo;
  • Evitar o álcool;
  • Controlar a pressão arterial;
  • Ter uma dieta rica em Ômega 3 (pra não ter obstrução das artérias);
  • Praticar exercícios regularmente;
  • Combater a obesidade;
  • Fazer avaliações médicas regularmente, independente da idade.

“Nos mais jovens é sempre importante descobrir precocemente a existência de alguma comorbidade, pois a maior incidência de AVC é nos pacientes adultos. Portanto, é bom ficar atento”, finaliza.

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