A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva. Isto é, a membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral, a condição ataca os dois olhos, mas também pode atingir apenas um deles. Além disso, o quadro pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas.
De acordo com o Dr. Breno Marques, oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), a conjuntivite é mais comum nas estações mais quentes. Isso porque há um aumento da exposição a alérgenos, como pólen e ácaros, que podem desencadear reações alérgicas na conjuntiva. “Além disso, o calor e a umidade proporcionam um ambiente favorável para o crescimento de bactérias e vírus que podem causar conjuntivite infecciosa”, afirma.
No entanto, além das estações quentes, a conjuntivite pode ser causada por outros fatores. É o caso de irritantes químicos, como poluentes do ar, cloro de piscina, produtos de maquiagem contaminados e contato direto com substâncias irritantes, por exemplo. Infecções virais e bacterianas também são causas comuns, indica o médico.
Os primeiros sinais de alerta
Conforme o oftalmologista, os primeiros sinais de alerta da conjuntivite incluem vermelhidão, coceira, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento excessivo, secreção ocular e fotofobia (sensibilidade à luz). Vale destacar que esses sintomas podem variar dependendo do tipo de conjuntivite.
Como prevenir
Para prevenir a conjuntivite, o médico ressalta a importância de evitar o contato com pessoas infectadas, lavar as mãos regularmente, não compartilhar objetos pessoais como toalhas e travesseiros, e proteger os olhos da exposição a substâncias irritantes, como o uso de óculos de natação em piscinas.
“Para alérgicos, é importante reduzir a exposição a alérgenos, como o pólen, mantendo as janelas fechadas nos dias de alta concentração de poluentes no ar”, acrescenta.
Por fim, é importante lembrarmos que existem diferentes tipos de conjuntivite, incluindo a alérgica, a viral e a bacteriana, e o tratamento varia de acordo com o tipo. “Portanto, caso alguém venha a apresentar algum desses sinais de alerta que comentamos, é fundamental consultar um oftalmologista para um diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado”, afirma.