Hoje, 16 de setembro, é o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose. Uma data simbólica, criada para gerar conscientização sobre uma doença comum e perigosa.
“A trombose, geralmente, se manifesta como um quadro de dor na perna, principalmente na panturrilha, associado a inchaço persistente, calor, sensibilidade e vermelhidão. O que vai levar, quase sempre, à procura de ajuda médica. Em casos mais raros, o coágulo pode ainda se desprender da parede da veia e correr pela circulação até chegar ao pulmão, causando uma embolia pulmonar que pode resultar até mesmo em morte súbita”, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
5 dúvidas sobre a trombose
Sendo assim, com a ajuda da especialista, separamos alguns pontos importantes sobre a doença. Para que, dessa maneira, você entenda o que pode causar ou prevenir o desenvolvimento da trombose. Confira:
1. Assistir televisão é perigoso?
Um estudo de 2018, publicado no Journal of Thrombosis and Thrombolysis, mostrou que o hábito diário de assistir televisão por muito tempo está associado ao surgimento de coágulos sanguíneos, pois permanecer longos períodos sentado pode diminuir o fluxo de sangue para as pernas e pés. “Mesmo quem pratica atividades físicas regularmente possui mais chances de desenvolver trombose caso passe muito tempo sentado em frente à televisão, de acordo com o estudo”, diz a médica.
2. Por isso, quem trabalha sentado também tem mais riscos
“Para evitar problemas circulatórios, existem algumas dicas, como: a cada hora de trabalho, levante, ande por cinco minutos, movimente as pernas, se espreguice; invista em uma meia elástica de compressão (consulte seu médico para saber o modelo ideal); e beba água, o que ajuda no funcionamento do organismo e na fluidez do sangue. Deixe a água um pouco distante, o suficiente para te fazer levantar da cadeira para pegar”, explica a Dra. Lamaita.
3. E sobre gestação e cesariana?
“O risco de mulheres desenvolverem trombose aumenta substancialmente durante a gravidez e novamente durante a recuperação pós-parto. Isso porque, além da questão hormonal, o fluxo sanguíneo tende a ser mais lento devido à inatividade ou à pressão nos vasos sanguíneos causada pelo útero em expansão, o que torna o sangue mais propenso a coagular”, alerta a cirurgiã.
4. Pílulas anticoncepcionais também podem gerar problemas
“Isso ocorre porque a quantidade de hormônios presentes nas pílulas anticoncepcionais é capaz de alterar a circulação, aumentando o risco de formação de coágulos nas veias profundas. Por isso, o uso desse método não é recomendado por mulheres que já possuem predisposição ao problema”, diz.
Como prevenir
5. Atividade física pode ser a solução
“Qualquer exercício que trabalhe a panturrilha, a batata da perna, vai ajudar, sendo assim, apenas o ato de flexionar e esticar o tornozelo já será significativo. Dá para usar uma faixa na ponta dos pés como resistência e fazer força para esticar os pés. Movimentos circulares com o tornozelo, abraçar e esticar as pernas e movimentos como o de bicicleta podem ajudar caso a pessoa tenha a capacidade de realizá-los sem dor ou incômodo, diariamente”, explica a médica.
“Para quem não tem o hábito de realizar atividade física, o ideal é começar com pouco tempo, 15 a 20 minutos, mas diários, e ir aumentando. Sendo assim, tente realizar a atividade de preferência sempre na mesma hora: não espere a inspiração bater, levante e faça, por rotina. Pense que é pouco tempo: só 15 minutos”, finaliza a Dra. Lamaita.