O aneurisma é a dilatação anormal de uma artéria. Ele pode se romper e causar uma hemorragia ou permanecer sem estourar durante toda a vida. De qualquer forma, a condição exige vigilância e tratamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, os aneurismas podem ocorrer em qualquer artéria do corpo, como as do cérebro, do coração, do rim ou do abdômen. No entanto, os do tipo cerebral e da aorta torácica e abdominal são os mais conhecidos, pois apresentam altas taxas de mortalidade.
Aneurisma causa sintomas?
O médico neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola explica que nem todo aneurisma causa sintomas. Na verdade, no caso dos coágulos pequenos, a grande maioria é assintomático. Contudo, quando um aneurisma se rompe, o paciente apresenta diversos sinais.
No caso do aneurisma cerebral, por exemplo, é comum o paciente relatar uma dor de cabeça intensa, descrita como a pior que já se sentiu na vida. Ele ainda pode apresentar rigidez, convulsões e coma.
O rompimento de um aneurisma é bastante grave, e precisa de atendimento imediato. Isso porque, conforme o médico, o paciente pode ir a óbito antes mesmo de chegar ao hospital, dependendo da quantidade de sangue que extravasa da artéria.
Quais hábitos abandonar para evitar um aneurisma?
Os dois principais fatores de risco são a pressão alta e o tabagismo. Portanto, para evitar o surgimento de um coágulo nas artérias, é preciso evitar esses hábitos. Além disso, Victor Hugo lembra que há fatores genéticos que podem contribuir para o surgimento do quadro.
“Quem tem parentes de primeiro grau com aneurisma cerebral que já rompeu, a gente orienta a fazer exame de triagem. Também vemos muitos casos de aneurisma dentro da mesma família. Então, existe sim um fator genético envolvido, mas os dois principais fatores de risco são pressão alta e tabagismo”, reforça.
Prevenindo um aneurisma
Segundo o neurocirurgião, a prevenção do aneurisma se dá como com qualquer doença cardiovascular: adotando bons hábitos de vida. Ou seja: controlar a pressão, interromper o tabagismo, controlar a diabetes e a obesidade, aponta o médico.
“Ao levar uma vida saudável, a gente consegue prevenir tanto o surgimento desse aneurisma e também daqueles que já surgiram e são pequenos, que exigem apenas acompanhamento. Isso porque um estilo de vida saudável previne que eles cresçam e venham a romper no futuro”, destaca o especialista.
O profissional lembra ainda que atualmente existem exames de triagem bastante simples e sem nenhum risco ao paciente, como é o caso da ressonância magnética. Através do exame, é possível descobrir se o paciente tem ou não aneurisma. Isto é, antes do seu rompimento.
Victor destaca que tratar um aneurisma que ainda não sangrou é muito mais simples. “A recuperação é muito mais tranquila do que tratar um aneurisma que já sangrou, em que o paciente vai sofrer todas as consequências do sangramento”, diz o neurocirurgião.
Tratamento minimamente invasivo
No caso dos aneurismas que exigem tratamento, isto é, em que o acompanhamento médico não basta, o paciente pode recorrer ao cateterismo – disponível para a maioria dos casos. Conforme o neurocirurgião, o tratamento é minimamente invasivo, sem necessidade de fazer aberturas no crânio, por exemplo. “O tratamento evoluiu muito e ficou muito mais seguro”, finaliza o médico.