Hoje (20/6) o hemisfério sul entra no inverno, estação que mais causa preocupação com a imunidade e a saúde. Isso porque diversas doenças respiratórias se tornam mais frequentes nesta época do ano, como gripe, resfriado, rinite alérgica, asma, bronquiolite e pneumonia.
Esse aumento do número de doenças é consequência do tempo seco e da instabilidade climática, que acabam favorecendo a disseminação de doenças virais e o desencadeamento das crises alérgicas, explica a médica otorrinolaringologista Renata Moura.
Por isso, conforme a especialista, nesta época do ano é importante evitar ambientes fechados e aglomerados, principalmente bebês e idosos, pois estas são as faixas etárias mais propensas a essas enfermidades.
As doenças mais comuns do inverno
O resfriado e a gripe são as doenças mais comuns no inverno. “As duas são causadas por vírus, mas a gripe causa um quadro mais grave e duradouro que o resfriado. Em ambos os casos também, é comum a presença de tosse, fraqueza, congestão nasal, espirro e coriza. No entanto, apenas a gripe evolui com febre e dor de cabeça”, explica a médica.
Se esse quadro não receber o tratamento adequado, pode evoluir com uma infecção bacteriana secundária, como sinusite, otite ou pneumonia, alerta a especialista.
A otorrinolaringologista alerta ainda para o caso da asma, doença crônica dos pulmões que causa um estreitamento da via respiratória e produção de muco. Se o paciente não estiver com o quadro sob controle, haverá tosse, chiado no peito e falta de ar.
Além disso, as rinites também se intensificam porque alguns quadros pioram com a variação da temperatura, causando congestão nasal importante, espirro, coriza e tosse.
Risco para os bebês
No caso de bebês, o cuidado maior deve ser com o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), causador da bronquiolite. A condição provoca tosse, febre, chiado no peito e respiração rápida.
Prevenção
Para a otorrinolaringologista, o uso de máscara e a lavagem das mãos é um grande legado deixado pela pandemia. Portanto, no inverno, não deveríamos esquecer esses hábitos, principalmente entre crianças e idosos com comorbidades.
“É importante sempre ter esse hábito de higiene das mãos ao chegar da rua, pois muitas bactérias, fungos e outros vírus são transmitidos quando coçamos os olhos ou colocamos a mão suja na boca”, alerta a especialista.