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Entenda a relação entre a perda auditiva e a depressão

Especialista explica a importância do diagnóstico e do tratamento precoce 

perda auditiva
A audição é fundamental para a socialização e impacta na saúde mental / Foto: Shutterstock

A audição é uma peça fundamental para uma comunicação eficaz. Ela proporciona a interação social saudável, influenciando nas relações e na no bem-estar humano. Por isso, quando o indivíduo desenvolve dificuldades auditivas, ele pode se sentir isolado, impactando diretamente na saúde mental.

Essa condição afeta a percepção dos sons, dificultando a compreensão. A perda auditiva pode surgir ao longo do tempo, como consequência do envelhecimento. Porém, em alguns casos, a hipoacusia decorre da exposição frequente a ruídos excessivos ou devido a otites e traumas no tímpano.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Nacional de Surdez e Outros Distúrbios da Comunicação (NIDCD), a solidão prolongada pode resultar em sérios problemas de saúde. Os dados apontam que cerca de 11% dos indivíduos que lidam com a perda auditiva também sofrem com a depressão

A audiologista Ariane Gonçalves explica que dificuldades em acompanhar conversas ou perceber sons cotidianos podem levar ao isolamento social.

“Uma em cada cinco pessoas com perda auditiva sente-se sozinha. A deficiência é ainda mais prevalente entre os idosos, tornando o diagnóstico precoce essencial. Ao notar quaisquer sinais de perda auditiva, é crucial buscar ajuda profissional imediatamente para promover o reengajamento social desses pacientes”, esclarece a especialista da clínica AudioFisa Aparelhos Auditivos.

O impacto da perda auditiva na saúde mental

O isolamento que resulta da perda da audição pode causar solidão. Nesse sentido, doenças mais graves como a depressão podem se desenvolver, prejudicando a saúde mental e a qualidade de vida.  

Por isso, é necessário desprender uma atenção especial aos sintomas. Os mais comuns incluem fadiga, irritabilidade, perda de interesse em atividades prazerosas, insônia e cansaço. “Baixa autoestima e dificuldade de concentração também são indicativos da doença”, ressalta a especialista.

Ainda que a situação seja delicada, é possível minimizar os riscos de depressão a partir de um tratamento adequado. “Aqueles que buscam tratamento precocemente têm uma melhor qualidade de vida. Muitas vezes, o uso de aparelhos auditivos é recomendado”, afirma a audiologista.

Por meio do tratamento correto, os deficientes auditivos podem alcançar uma vida de bem-estar. “O uso de aparelhos auditivos não é um luxo, mas uma necessidade para evitar o isolamento e melhorar a comunicação. Atualmente, há aparelhos discretos e modernos, com sensores que otimizam a captura de áudio e reduzem o tempo de resposta ao paciente”, conclui a profissional.

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