Hoje, 31 de julho, é o Dia do Orgasmo. Uma data simbólica para comemorar e ressaltar a importância do pico de prazer que existe durante uma relação sexual. Pode parecer algo sem muita importância para algumas pessoas, mas essa sensação boa durante o sexo (ou a falta dela) pode interferir diretamente em nosso bem-estar e, inclusive, na saúde física e mental.
Segundo a Dra. Nelly Kobayashi, médica ginecologista, obstetra e sexóloga, uma mulher que faz sexo, mas não alcança o orgasmo, pode reduzir a autoestima, aumentar a ansiedade e ter uma diminuição do interesse sexual. Afinal, um dos motivadores do sexo é a sensação do bem-estar que ele, teoricamente, deveria proporcionar.
Mas, infelizmente, não é raro encontrar pessoas – principalmente mulheres – que sentem dificuldades para chegar em um orgasmo. E as causas podem ser psicológicas, derivadas de problemas físicos, uso de medicações, idade, menopausa ou até doenças. O ideal é sempre realizar uma investigação médica para identificar e tratar a condição.
“Outro ponto fundamental é a relação que essa mulher tem com quem escolheu transar, pois o sexo é o resultado da intimidade entre duas pessoas. Se o casal teve um dia complicado com discussões, a noite se torna mais difícil a mulher conseguir relaxar. A timidez e a falta de conhecimento sobre o próprio corpo também podem prejudicar na “hora H”, explica a médica.
Como estimular o orgasmo
Como vimos, a dificuldade para chegar à um orgasmo pode comprometer significativamente o bem-estar. E os primeiros passos para resolver esse problema é encontrar e tratar a causa. Mas, uma das medidas que também costumam surtir efeito é o autoconhecimento.
“O toque e a masturbação devem ser feitos com foco no prazer e não no orgasmo. Isso diminuirá a ansiedade de performance e o orgasmo virá como consequência. Para tentar a dois, primeiro deve-se abusar das preliminares, pois o ciclo de resposta sexual das mulheres pode demorar mais tempo. Em segundo, da mesma forma que a mulher se toca para se masturbar, pode tocar o próprio clitóris durante o sexo a dois. Isso poderá facilitar a obtenção do orgasmo”, sugere a Dra. Kobayashi.
Além disso, ainda existem exercícios de fisioterapia pélvica que podem auxiliar a mulher a chegar no orgasmo. “Cerca de 30% das mulheres não sabem contrair com boa qualidade seu assoalho pélvico”, explica a fisioterapeuta Ana Gehring. De acordo com a especialista, uma musculatura enfraquecida pode provocar baixa lubrificação, fissuras, atrofia, dor na relação por tensão muscular e pouca sensibilidade clitoriana.
Ou seja, inúmeros fatores – físicos ou mentais – podem impedir um orgasmo satisfatório. Por isso, é fundamental ter atenção com tudo aquilo que pode comprometer o bem-estar do organismo. “Perceber as conexões entre corpo e mente, em um nível profundo, facilita o caminho terapêutico para aqueles que buscam uma vida afetiva mais prazerosa e feliz. Um indivíduo que se conhece bem e está conectado com sua verdadeira vontade, se relaciona melhor com as pessoas em geral e com seu parceiro afetivo em particular”, finaliza Virginia Gaia, psicanalista e sexóloga com abordagem holística.