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Surdez: entenda a influência na qualidade de vida da população

Especialista explica a importância da inclusão para a qualidade de vida dos pacientes

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A perda auditiva pode apresentar diversas causas e se manifestar de diferentes maneiras / Foto: Shutterstock

No dia 10 de novembro se celebra o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. A data tem como objetivo educar, conscientizar e prevenir problemas relacionados à surdez. Atualmente milhões de brasileiros enfrentam algum nível de perda auditiva, impactando na qualidade de vida e na comunicação.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 5% da população brasileira apresenta algum grau de deficiência auditiva. Esse percentual representa mais de 10 milhões de pessoas no país, das quais 2,7 milhões convivem com surdez profunda. Isso quer dizer que são incapazes de ouvir qualquer som.  

A surdez pode ser resultante de diversas causas e se manifestar de diferentes formas. Por isso, é possível classificá-la como congênita, quando presente desde o nascimento, ou adquirida, surgindo ao longo da vida. Essa última pode decorrer de fatores ambientais, como longa exposição a ruídos e infecções. 

A audiologista Ariane Gonçalves, esclarece que a surdez é parte da diversidade humana e deve ser vista além de uma limitação. “A surdez não é apenas uma deficiência, mas uma maneira diferente de viver e se comunicar. É fundamental que todos estejam abertos à inclusão, promovendo acesso à educação, saúde e oportunidades para essas pessoas”.

Causas da perda auditiva:

  • Congênita: Deficiência auditiva presente desde o nascimento, muitas vezes decorrente de fatores genéticos ou complicações durante a gravidez. É o caso de infecções como rubéola ou do uso materno de certos medicamentos. 
  • Exposição a ruídos: A exposição prolongada a sons altos, como música em volume excessivo, pode danificar as células do ouvido interno, causando perda auditiva gradual.
  • Infecções no ouvido: Enfermidades como a otite média podem se associar a perda auditiva, especialmente em crianças. Nesses casos, sem o tratamento adequado, as infecções podem danificar a estrutura auditiva.
  • Envelhecimento: A perda auditiva se relaciona à idade, sendo comum em adultos mais velhos. Ela ocorre devido à degeneração natural das células auditivas ao longo dos anos.
  • Doenças: Algumas doenças, como a diabetes e hipertensão, podem afetar a circulação sanguínea, prejudicando o ouvido interno e resultando na surdez.
  • Esfregar o ouvido com frequência: Esse hábito pode irritar ou lesionar o canal auditivo. Além disso, em casos mais graves, compromete a capacidade auditiva.

Para as crianças, a especialista destaca a importância do apoio escolar e familiar na compreensão das necessidades individuais. Dessa forma, é possível construir um ambiente inclusivo e acolhedor. “Quanto mais cedo a conscientização for levada às escolas e aos pais, maior a chance de inclusão e desenvolvimento para as crianças surdas”.

Prevenção da surdez

É possível adotar uma série de medidas preventivas que auxiliam na redução do risco da perda auditiva, especialmente em crianças. Entre as ações que mais se recomendam, estão a imunização contra doenças como rubéola e meningite, além do tratamento precoce de infecções de ouvido.

Para os adultos, a especialista chama atenção para o uso seguro de dispositivos de áudio, o controle do ruído no trabalho e a atenção aos medicamentos que podem prejudicar a audição e culminar na surdez.

Nesse sentido, o diagnóstico precoce e a triagem auditiva também se fazem fundamentais para garantir intervenções mais eficazes. “A identificação precoce permite tratamentos que podem mudar a qualidade de vida, com opções como aparelhos auditivos e implantes que oferecem a reabilitação necessária para muitas pessoas”, finaliza a profissional.

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