Celulite é o nome popular da lipodistrofia ginoide, uma condição dermatológica que se manifesta como ondulações e furinhos na pele. Ela é causada por fatores como predisposição genética, alterações hormonais e estilo de vida e, embora não seja uma doença, pode causar insegurança e afetar a autoestima. Portanto, entender seus tipos, causas e tratamentos pode ser crucial para combatê-la.
Pensando nisso, a Dra. Sylvia Ramuth, pós-graduada em dermatologia e medicina estética e diretora técnica da rede de emagrecimento saudável e estética Emagrecentro, aborda os principais aspectos relacionados à condição e dá algumas dicas para lidar com o problema. Confira:
Tipos de celulite
“A celulite é um depósito de gordura sob a pele e aparece mais naquelas áreas onde essa gordura está sob a influência do estrógeno, um hormônio feminino, sendo mais comum o aparecimento nos glúteos, quadris e coxas. Mas nada impede que ela apareça nas mamas, no abdome e até nos braços”, explica Sylvia.
A especialista explica os diferentes tipos de celulite:
- Celulite edematosa: acontece devido à retenção de líquidos nos tecidos. Pode causar inchaço e uma aparência de “casca de laranja” na pele;
- Celulite fibrosa: se desenvolve quando há um aumento na quantidade de fibras de colágeno na pele. Isso torna a pele menos flexível e causa irregularidades;
- Celulite adiposa: ocorre quando há um aumento na quantidade de gordura nos tecidos. Geralmente, é associada à obesidade;
- Celulite mista: em muitos casos, a celulite apresenta uma combinação dos tipos mencionados acima, tornando o tratamento mais desafiador.
Causas da celulite
Conforme a dermatologista, são essas as principais causas da celulite:
- Hereditariedade: a predisposição genética desempenha um papel importante na formação da celulite;
- Sexo: asmulheres são mais propensas a ter celulite do que os homens devido a diferenças na estrutura da pele e do tecido adiposo;
- Alterações hormonais: mudanças hormonais, como as que ocorrem durante a gravidez, menstruação e menopausa, podem afetar a celulite;
- Obesidade: o excesso de peso pode aumentar a probabilidade de celulite, principalmente do tipo adiposa;
- Sedentarismo: a falta de atividade física contribui para o desenvolvimento da celulite, pois compromete a circulação sanguínea;
- Tabagismo: o tabagismo enfraquece a circulação sanguínea e prejudica a qualidade da pele, tornando-a mais suscetível à celulite.
Opções de tratamento
Da mesma forma que a celulite possui uma série de diferentes causas, ela também possui opções variadas de tratamento. Sylvia aponta os principais:
- Lipoendermo: a endermologia, primeiro tratamento aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration) para melhora da celulite, ocorre por meio de um efeito de massagem e drenagem linfática profunda que promove a circulação sanguínea, reduzindo irregularidades na pele;
- Radiofrequência: este procedimento utiliza calor controlado para eliminar toxinas e reduzir a gordura localizada, atuando diretamente nas estruturas fibrosas que causam a celulite.
- Plataforma vibratória: promove aumento na circulação sanguínea local em até 70%, proporcionando uma drenagem linfática natural;
- Cellu Injection: esse tratamento envolve a aplicação de ativos específicos com uma agulha fina em região com celulite, conforme o tipo de celulite presente.
“Os tratamentos são indicados para celulite de todos os tipos e graus. No entanto, gestantes devem evitar esses procedimentos. Além disso, no caso de procedimentos injetáveis, não são recomendados para indivíduos com distúrbios sanguíneos ou que fazem uso contínuo de anticoagulantes. A duração dos resultados varia, mas, em geral, os efeitos dos tratamentos podem durar de 3 a 6 meses”, esclarece Sylvia.
Alimentação e a celulite
Além dos tratamentos estéticos, é fundamental manter uma alimentação equilibrada e beber 2 litros de água por dia para otimizar os resultados dos tratamentos e manter a saúde da pele, destaca a profissional. Isso porque a alimentação desempenha um papel crucial no surgimento da celulite.
“Alimentos ricos em gorduras, açúcares e sal podem aumentar a retenção de líquidos e a inflamação, agravando a celulite. Por outro lado, alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais ajudam a melhorar a circulação sanguínea e a eliminar toxinas, prevenindo a celulite”, relata a Dra. Ramuth.
Por isso, a especialista recomenda:
- Consuma alimentos ricos em fibras, como verduras, legumes e frutas;
- Inclua alimentos ricos em vitaminas e minerais, como verduras, legumes e carnes magras;
- Limite o consumo de alimentos ricos em gorduras, açúcares e sal;
- Evite alimentos industrializados, como refrigerantes, doces, salgadinhos e fast food;
- Evite alimentos ricos em gorduras trans, como alimentos processados e ultraprocessados.
“Ao adotar uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas e buscar tratamentos estéticos adequados, é possível enfrentar a celulite de maneira mais eficaz. Lembre-se de sempre buscar orientação profissional antes de iniciar qualquer tratamento estético e procurar um local sério e de confiança para realizar qualquer procedimento”, finaliza Dra. Sylvia.