Comemorado em 13 de abril, o Dia do Beijo é uma ótima ocasião para falar sobre saúde bucal e a doença do beijo
O Dia do Beijo é celebrado em 13 de abril, uma data criada com a finalidade de homenagear o gesto de carinho universal e estimular essa troca de afeto entre pessoas. A origem é desconhecida e há algumas histórias para explicar, como uma lenda italiana sobre um jovem que teria beijado todas as moças da vila onde vivia. Entretanto, independentemente de como surgiu, esse é também um bom motivo para beijar e falar sobre como essa troca entre as pessoas influencia na saúde de todos.
Os benefícios do beijo
Segundo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra 41 hospitais universitários pelo Brasil, o beijo traz diversos benefícios, ou seja, ele faz bem para o nosso emocional e saúde. Pode ativar o sistema nervoso central, reduzindo o estresse e promovendo bem-estar por meio da liberação de hormônios como dopamina e oxitocina. Além disso, o beijo pode beneficiar o sistema cardiovascular ao diminuir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e melhorar a pressão arterial.
E os malefícios
Apesar de tudo de bom que o beijo nos proporciona, é preciso tomar alguns cuidados. Monique Pimentel, Secretária de saúde do município de Paracambi (RJ) e fundadora da Clínica Dra. Monique Pimentel, destaca que há algumas situações nas quais o beijo pode prejudicar a saúde bucal, ou seja, é preciso atenção! “Por exemplo, a saliva é rica em microorganismos, como vírus e bactérias, que podem, sim, ser transmitidos por meio do beijo. Além disso, problemas como cáries, herpes labial e até mononucleose — conhecida como ‘doença do beijo’ — podem ser transmitidos. A saliva serve como meio de transporte para esses agentes infecciosos, até mesmo de uma gripe, podendo provocar quadros indesejáveis,” afirma a especialista.
A mononucleose
Essa é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), da família dos herpesvírus. A transmissão pode ser principalmente pela saliva, mas também pode ocorrer por meio de gotículas respiratórias ou compartilhamento de utensílios. Febre, dor de garganta, mal-estar, dores no corpo, ínguas no pescoço e manchas na pele são alguns dos sintomas que podem ser confundidos com outras doenças, como gripe ou amigdalite. O diagnóstico é feito por exame clínico e de sangue, e o tratamento envolve repouso, hidratação e medicamentos para alívio dos sintomas.
Monique lista o que precisa ser feito para diminuir a chance de infecções:
Manter uma boa higiene bucal. Escovar os dentes corretamente, sempre com uso de fio dental. “A prevenção é palavra-chave aqui, pois dificultar a proliferação de microorganismos reduz infecções e problemas bucais”.
Fazer consultas regulares ao dentista. “O profissional pode identificar sintomas logo nos estágios iniciais, indicando o melhor tratamento”.
Não beijar se houver feridas. Incluindo irritações da mucosa e aftas.
Evitar automedicação. É preciso buscar atendimento médico em casos de suspeita.
