O lipedema é uma doença vascular crônica que resulta no acúmulo desproporcional de gordura em áreas como pernas, braços, nádegas e culotes. A condição afeta principalmente as mulheres e pode provocar dores. Cerca de 10% da população convive com o problema, de forma que muitas vezes ele se confunde com a obesidade, afetando a qualidade de vida e o bem-estar.
Segundo a dermatologista e co-fundadora da Clínica Dominique, Dra. Vivian Simões Pires, o primeiro sintoma de alerta para o lipedema são as dores e desconfortos nas partes do corpo comprometidas. Além disso, outro sinal da doença é possível de se identificar visualmente: as áreas apresentam um aspecto semelhante à celulite, ainda que não sejam mais resistentes ao toque.
O cirurgião plástico e co-fundador da Clínica Dominique, Dr. Felipe Simões Pires também explica que a condição não se relaciona apenas ao ganho de peso. Isso porque a gordura que se acumula devido ao lipedema não diminui significativamente mesmo após o emagrecimento do paciente.
Como controlar o lipedema
A abordagem ideal para o tratamento vai além da cirurgia. Isso porque as intervenções cirúrgicas, como a lipoaspiração, correspondem a apenas 30% do processo. O restante se baseia em hábitos fundamentais, como a alimentação e o exercício físico, além de tratamentos estéticos.
Dessa forma, adotar uma dieta anti-inflamatória e praticar atividades físicas regulares são posturas essenciais para controlar o lipedema. Segundo a nutricionista Cris Zinelli se recomenda uma alimentação sem ultraprocessados, farinhas, açúcar e embutidos, e com pouco ou nenhum álcool.
“Esse é um ponto-chave para quem convive com o lipedema, pois quando se combina dermatologia e exercício, a nutrição anti-inflamatória traz ótimos resultados. Mas é preciso comprometimento, pois a condição pode voltar se o cuidado for interrompido”, esclarece a especialista.
A respeito do exercício físico, a personal trainer Juliana Kisner indica a realização de musculação e exercícios aeróbicos. Ademais, o aporte hídrico correto e a execução de alongamentos é fundamental. “É importante incluir o treino da panturrilha, que atua como uma ‘bomba’ para a circulação e ajuda no retorno venoso”.
Como reduzir os sintomas?
O cirurgião plástico Felipe Simões Pires, lista 6 tratamentos estéticos que podem complementar o tratamento do lipedema. Assim é possível reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
- Cruroplastia: a prática ajuda a remover o excesso de pele e gordura na região, melhorando o contorno das pernas, a mobilidade e o conforto
- EmSculpt Neo: a tecnologia atua fortalecendo os músculos e reduzindo a gordura localizada
- EmTone: o procedimento auxilia na diminuição da flacidez e melhora da circulação, contribuindo para reduzir o inchaço e suavizar o aspecto da pele
- Lipoaspiração: a intervenção cirúrgica pode ser uma aliada no alívio dos sintomas e na melhora da mobilidade e do conforto;
- Morpheus: o tratamento promove a renovação da pele, ajudando a minimizar o desconforto e melhorar a firmeza e a textura da área afetada
- UltraFormer MPT: a prática tonifica e firma a pele, proporcionando um aspecto mais liso e aliviando os sintomas do lipedema