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Odontofobia: veja dicas para superar o medo de ir ao dentista

Especialista dá dicas para enfrentar essa fobia

odontofobia
Conversar sobre o medo com seu dentista pode ser uma via para adotar abordagens mais humanizadas / Foto: Shutterstock

O desconforto em ir ao dentista se liga à odontofobia, um medo que pode prejudicar a saúde bucal. O que muitas pessoas acreditam ser apenas uma ansiedade ao ouvir o famoso barulho dos equipamentos odontológicos, é capaz de impedir a finalização de um tratamento dentário. Essa realidade afeta diretamente a saúde bucal de milhares de pacientes.  

Nesse sentido, pessoas com odontofobia podem estar sujeitas a uma saúde vulnerável e a uma menor expectativa de vida. Isso porque a saúde bucal precária tem relação com algumas condições que apresentam risco de vida, como doenças cardíacas e infecções pulmonares. Além disso, essa condição pode resultar no desenvolvimento da doença periodontal e na perda precoce dos dentes.  

Impactos emocionais também são recorrentes nesses casos. Além da dificuldade de lidar com o desconforto, a negligência com a saúde bucal implica na danificação ou coloração alterada dos dentes, promovendo a insegurança. Essas consequências influenciam diretamente no processo de socialização, já que muitas pessoas evitam sorrir, diminuindo também a autoestima

Causas

Segundo a dentista Anna Karolina Ximenes, da clínica IGM Odontopediatria, esse receio muitas vezes se relaciona a experiências negativas e traumáticas anteriores. É o caso, por exemplo, de quando o paciente já adulto passou por procedimentos sem anestesia adequada, o que permitiu sentir dor e desconforto. 

“Quando o paciente é bem anestesiado, ele pode ter uma experiência mais tranquila. O tipo de técnica anestésica e o equipamento usado influenciam. A anestesia convencional requer grande habilidade do profissional para ser indolor. Já aparelhos como o Morpheus, que proporcionam uma anestesia computadorizada, são alternativas seguras e praticamente indolores, mas ainda pouco acessíveis”, explica a especialista.

Para as crianças que ainda não frequentaram o dentista, o medo provém da nova experiência. “Hoje, os odontopediatras estão muito bem preparados para oferecer condicionamento psicológico e tratamentos humanizados que facilitam a aceitação da criança na rotina odontológica”, afirma a dentista.

Sintomas da odontofobia:

Durante situações novas ou desconhecidas é comum sentir medo ou ansiedade. Porém, a possibilidade de submissão a uma consulta ou tratamento odontológico não deve despertar pavor e impedir os cuidados com a saúde bucal. Alguns sinais podem indicar odontofobia, veja os principais abaixo.

  • Ansiedade ou problemas para dormir na noite anterior a consulta
  • Nervosismo crescente enquanto aguarda na sala de espera
  • Vontade de chorar quando pensa em ir ao dentista ou vê os instrumentos odontológicos do dentista 
  • Adoecimento ao pensar em ir ao dentista
  • Pânico ou dificuldade para respirar quando objetos são colocados na sua boca durante uma consulta regular

Caso alguns desses sinais sejam recorrentes em sua rotina, é fundamental comunicar ao dentista. Isso porque o acolhimento profissional é primordial para auxiliar na superação dos medos. Dessa forma, é possível tratar corretamente os dentes, sem prejuízos para a saúde bucal e desconfortos emocionais. 

Prevenção

A odontologia oferece métodos para casos mais graves de ansiedade, como a sedação inalatória com óxido nitroso. “Alguns profissionais também oferecem fones de ouvido e programas de TV para distrair o paciente, reduzindo a percepção do barulho e da dor, que são os principais fatores desse trauma”, esclarece a dentista.

Para prevenir a odontofobia, se recomenda que os procedimentos sejam explicados, reduzindo assim o medo do desconhecido. No caso de pacientes que apresentem fobia aguda ou síndrome do pânico, estratégias específicas e a experiência profissional devem auxiliar na condução do tratamento. “Até que o paciente se sinta seguro e confortável, ele não conseguirá se submeter aos procedimentos bucais”, alerta Anna Karolina. 

Já na odontopediatria, o trabalho lúdico com as crianças se mostra eficaz. O objetivo é focar na prevenção, reduzindo a necessidade de procedimentos dolorosos e criando confiança nas crianças. “Esse cuidado tem formado uma geração de adultos que não tem receio de ir ao dentista”, conclui a especialista.

Dicas para driblar a odontofobia:

1. Escolha um dentista de confiança: Busque por um profissional que tenha experiência em lidar com pacientes ansiosos. A empatia e a comunicação fazem toda a diferença.

2. Agende consultas em horários tranquilos: Evite marcar a consulta em um momento do dia em que você normalmente se encontra mais estressado ou cansado. 

3. Verifique a possibilidade de sedação : Buscar por consultórios que ofereçam sedação com óxido nitroso pode ser uma via para tornar a consulta mais leve. 

4. Leve um acompanhante: A presença de uma rede de apoio auxilia na confiança e no conforto do paciente durante o procedimento. 

5. Converse com seu dentista sobre o medo: Compartilhar as preocupações com o profissional possibilita que os atendimentos sejam mais cuidadosos e humanizados, adotando melhores condutas e abordagens. 

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