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Proibição de telas: não é castigo, é cuidado com a saúde ocular

É preciso restringir o uso de telas para evitar problemas como dor ocular, sensação de esgotamento, dificuldade de foco e produtividade

Proibir ou restringir telas é importante para proteger a saúde ocular
Proibir ou restringir telas é importante para proteger a saúde ocular

O uso de telas é um perigo para a saúde física, metal e ocular das crianças. Manter um controle rígido é o melhor presente para a saúde do seu filho!

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda cautela em relação ao “tempo de tela” ideal para a população infantil, destacando os riscos associados ao uso excessivo de dispositivos digitais. Entre os impactos causados, estão as dificuldades no aprendizado, atrasos no desenvolvimento, dificuldade de foco, dependência, irritabilidade, problemas oculares, transtornos do sono, entre outros. A maioria desses sintomas está diretamente relacionado à Síndrome da Visão de Tela (ou Síndrome da Visão de Computador, SVC), resultado do esforço excessivo dos olhos e exposição prolongada à luz azul emitida por esses dispositivos, o que sobrecarrega a musculatura ocular, afetando o sono e aumentando o risco de desconfortos visuais e emocionais.

O perigo das telas para a visão

Dentre os sintomas mais comuns da síndrome estão os olhos secos e irritados, causados pela diminuição da frequência de piscar ao focar na tela por longos períodos, a visão embaçada ou turva frequente, resultante do esforço visual constante, e a fadiga ocular, caracterizada pela sensação de cansaço ou peso nos olhos. Dores de cabeça, especialmente na região frontal e ao redor dos olhos, sensibilidade à luz (fotofobia) e dificuldade de foco, que ocorre ao alternar entre a tela e objetos distantes, são outros sinais característicos desta condição.

Embora a Síndrome da Visão de Tela seja comum, ela pode ser evitada com algumas práticas simples. A técnica “Regra 20-20-20” é uma das mais usadas para reduzir o cansaço nos olhos. Ela consiste em, a cada 20 minutos de uso de tela, olhar para um objeto a 6 metros de distância por pelo menos 20 segundos.

O médico oftalmologista Álvaro Dantas, especialista do Ícone da Visão, detalha outros meios para evitar a fadiga ocular. Segundo ele, é preciso incorporar medidas preventivas na rotina de uso de telas para que se tornem hábitos diários. “Ajustar a iluminação da tela, contraste e tamanho do texto podem colaborar para um maior conforto visual. Essas medidas evitam o brilho excessivo nos olhos e reflexos no ambiente. Caso necessário, é interessante utilizar lágrimas artificiais (colírios) para aliviar o ressecamento ocular. Além disso, manter sempre uma postura adequada para prevenir tensões no pescoço e nos ombros”.

Aumento no uso de telas por crianças

Segundo o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), o uso da internet entre crianças tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Em 2015, apenas 9% das crianças de 0 a 2 anos utilizavam a rede, enquanto em 2024 esse número saltou para 44%.

O uso excessivo da internet entre crianças tem se tornado cada vez mais comum. A Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que menos de 1/4 das crianças com menos de 2 anos e apenas 1/3 das crianças entre 2 e 5 anos seguem os limites de tempo de tela recomendados. O médico oftalmologista detalha os efeitos do uso em excesso de telas, não apenas em crianças e jovens, mas também em adultos e idosos:

“O uso excessivo das telas leva à dor ocular, pode levar a uma sensação de esgotamento, dificultando o foco e a produtividade. Os distúrbios do sono também estão ligados a essas sensações, assim como a privação de sono. Eles podem resultar em problemas de ansiedade, irritabilidade e dificuldades de concentração. O indivíduo se torna cada vez mais desmotivado a realizar atividades diárias, pois esse esforço visual excessivo acaba reduzindo a capacidade de foco e atenção. Dessa forma, torna mais difícil a execução de tarefas intelectuais e criativas”.

Dados do Cetic.br, coletados em 2023, revelam que a posse de aparelhos celulares pela população infantil aumentou, especialmente entre as crianças de 3 a 5 anos (de 6% para 20%) e de 6 a 8 anos (de 18% para 36%), comparado ao ano de 2015. Essa situação reflete uma crescente exposição ao mundo digita…

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