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Retinopatia diabética: entenda as consequências da condição

Especialista explica porque o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações da doença

retinopatia diabética
O exame de fundo de olho é fundamental para diagnosticar a retinopatia diabética e evitar complicações mais graves / Foto: Shutterstock

A campanha Novembro Azul se dedica a discutir sobre a importância da manutenção e do cuidado com a saúde. Por isso, também propõe a conscientização sobre a diabetes e suas complicações. É o caso da retinopatia diabética, doença ocular que resulta de lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina. Essa condição danifica o tecido do fundo de olho que capta as imagens interpretadas pelo cérebro. 

De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a doença é a principal causa de perda de visão entre pessoas de 20 a 64 anos de idade. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), também divulga que mais de 10 milhões de brasileiros convivem com problemas decorrentes da enfermidade.

O oftalmologista Antônio Sardinha, explica que a retinopatia diabética é uma complicação séria que pode ocorrer em qualquer estágio e a partir de todo tipo de diabetes.

“A cegueira está associada à fase avançada da retinopatia diabética, caracterizada pela retinopatia proliferativa e suas manifestações, como neovascularização na retina ou no disco óptico, hemorragia pré-retiniana ou vítrea e proliferação fibrovascular, que pode resultar em descolamento de retina”, comenta o profissional do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC).

Sintomas

Os sintomas iniciais mais comuns são:

  • Visão borrada 
  • Imagens distorcidas
  • Presença de manchas flutuantes
  • Áreas escuras na visão

“O problema pode evoluir silenciosamente, causando hemorragias em áreas da retina menos importantes e progredir para glaucoma, hemorragias maiores e descolamento de retina, o que pode levar à perda de visão”, esclarece o especialista.

Além disso, ele também ressalta que o exame de fundo de olho é essencial para diagnosticar a retinopatia diabética. “Pacientes com diabetes tipo 1 devem realizar o exame anualmente após cinco anos do diagnóstico, enquanto os com diabetes tipo 2 devem ser examinados no momento do diagnóstico e anualmente depois disso. Gestantes com diabetes devem ser avaliadas precocemente, enquanto mulheres com diabetes gestacional apresentam baixo risco para retinopatia diabética”, explica o oftalmologista.

Tratamento para a retinopatia diabética

Para tratar a retinopatia diabética é fundamental realizar um controle rigoroso do diabetes, ajustando os hábitos alimentares e o estilo de vida. Ademais, pode se indicar o tratamento do edema macular diabético com o intuito de prevenir a piora da visão e a cegueira. “Acompanhamento médico regular é essencial para determinar a gravidade da retinopatia e orientar o tratamento adequado”, conclui o especialista.

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