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SARA: entenda o que é a síndrome que matou Isabel do vôlei

A ex-atleta foi internada na terça-feira (15), quando recebeu o diagnóstico de Síndrome Aguda Respiratória do Adulto (SARA). Infectologista explica doença

SARA: entenda a síndrome matou Isabel do vôlei
SARA: entenda a síndrome matou Isabel do vôlei - Foto: Reprodução Instagram (@rorodrigues)

A atleta de vôlei Isabel Salgado morreu na madrugada desta quarta-feira (16) aos 62 anos de idade. Ela estava internada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Conforme amigos próximos da jogadora confirmaram, Isabel foi diagnosticada com Síndrome Aguda Respiratória do Adulto (SARA).

Na terça-feira (15), a produtora de cinema Paula Barreto, que produzia um documentário sobre a vida da estrela do vôlei, informou por meio de uma mensagem a amigos que a atleta recebeu o diagnóstico de uma bactéria no pulmão.

“Ela estava super gripada [na segunda-feira (14)]. Falei para ela ir a um hospital, me disse que já tinha ido e testado negativo para Covid. Na segunda à noite, foi dormir e passou mal. Deixou para ir para o hospital Sírio na terça de manhã. Quando acordou na terça, já estava bem pior. Internou no Sírio já no CTI (Centro de Terapia Intensivo). Detectaram que a bactéria já tinha tomado todo o pulmão. Foi entubada e teve uma parada cardíaca às 4 da manhã hoje”, dizia a mensagem.

O que é SARA

O Dr. Bernardo Almeida, mestre em doenças infecciosas pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) e Diretor Médico da Hilab, explica que o termo mais correto para essa condição é SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave)

As causas para a doença são múltiplas. “Essa é uma síndrome se caracteriza pelo conjunto de sinais e sintomas que podem ter como causa uma série de doenças, sendo a pneumonia a principal. Por isso, são diversos os agentes etiológicos, como o Streptococcus pneumoniae, influenza ou o Sars-CoV-2, por exemplo”, esclarece o infectologista.

Sintomas

O médico explica que os principais indicadores da SARA (ou SRAG) são tosse, febre e dificuldade para respirar. No entanto, os quadros podem vir associados a sintomas de síndrome gripal, como cefaleia, e sinais de gravidade, como choque ou descompensação de doença de base (insuficiência cardíaca ou DPOC, por exemplo).

 Tratamento e prevenção

Conforme o especialista, o diagnóstico da síndrome é clínico. No entanto, é necessário detectar qual o agente causador para definir o tratamento mais adequado, o que exige investigação laboratorial. O tratamento depende da causa e da gravidade do caso.

“Exames laboratoriais complementares servem para identificar possíveis disfunções orgânicas. Enquanto aguardam-se os resultados dos exames, se inicia o tratamento empírico, direcionado aos agentes mais prováveis ou potencialmente graves de acordo com os sinais e sintomas, aspectos epidemiológicos e primeiros resultados laboratoriais”, informa o médico.
O Dr. Bernardo acrescenta que é fundamental manter a doença sob controle em pacientes com comorbidades. “A vacinação para doenças imunopreveníveis, como o Sars-Cov-2, influenza e pneumococo também são pilares da prevenção. Outras medidas podem auxiliar em situações de piora do padrão epidemiológico, como vivenciamos com a Covid”, finaliza.

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