A dinâmica do local de trabalho se baseia em uma rotina que inclui a tomada de decisões estratégicas e os relacionamentos interpessoais. Esses fatores se administram por meio de lideranças que administram o ambiente corporativo, impactando em resultados importantes como a saúde do espaço e dos colaboradores, e os níveis de produtividade.
Nesse sentido, existem dois conceitos que impactam diretamente em um local de trabalho funcional: a inteligência emocional e a inteligência corporativa. Dessa forma, a figura do líder ganha notoriedade, já que este deve ser capaz de tomar decisões estratégicas, conectando e alinhando todos os membros de uma empresa.
A psicóloga e especialista em comportamento organizacional, Amanda Rangel, explica que a principal diferença entre essas duas formas de inteligência está no foco. “A inteligência emocional se centra no autocontrole e nas relações interpessoais, enquanto a inteligência corporativa foca em decisões estratégicas e na visão do ambiente de negócios”.
Assim, enquanto a primeira trata diretamente das emoções e da maneira como os indivíduos se relacionam uns com os outros, a segunda se concentra nos movimentos que possibilitam uma organização para o futuro.
Inteligência emocional
A inteligência emocional é a capacidade de identificar, compreender e gerenciar as próprias emoções, além de reconhecer e influenciar as emoções do outro.
No espaço de trabalho, ela é fundamental para que os colaboradores consigam resolver os conflitos, mantendo um clima saudável e produtivo. Além disso, implica em um maior entendimento e em uma comunicação clara e assertiva entre a equipe.
Inteligência corporativa
A inteligência corporativa é a capacidade de compreender como funciona o contexto estratégico de uma empresa. Dessa forma, é possível tomar decisões que considerem o panorama de negócios, integrando diferentes áreas e objetivos para alcançar melhores resultados. Para os líderes que buscam orientar suas equipes em direção ao sucesso organizacional, a visão estratégica é essencial.
Dicas para transformar o local de trabalho
Desenvolver essas inteligências no ambiente corporativo não é tarefa fácil. Confira abaixo algumas formas que auxiliam na execução desse objetivo.
- Incentivar o trabalho da inteligência emocional por meio do autoconhecimento
- Práticas como mindfulness, feedbacks contínuos e até a terapia podem ajudar o profissional a ter uma visão mais clara sobre suas próprias emoções.
- Ouvir as próprias emoções, sem deixar que elas tomem controle das ações, também é uma forma de desenvolver essa habilidade.
- Praticar a inteligência corporativa por meio de experiências práticas em gestão e da busca contínua por aprendizado
- Cursos, workshops, MBA e a própria mentoria com líderes mais experientes são ótimas maneiras de ampliar essa capacidade.
- O líder deve se manter atento ao mercado e às mudanças dentro da empresa.
A especialista esclarece que lideranças emocionalmente inteligentes criam um local de trabalho mais colaborativo, no qual as equipes são ouvidas. Assim, é possível traçar estratégias precisas para garantir que a empresa continue crescendo e se adaptando às mudanças.
“Já vi empresas onde o gestor era tecnicamente brilhante, com uma visão estratégica clara, mas não tinha capacidade de gerenciar as emoções e os conflitos dentro da equipe. Com o tempo, o ambiente de trabalho se tornou insustentável, e muitos talentos acabaram saindo da empresa, comprometendo seriamente a capacidade de inovação e a entrega de resultados”, conclui a psicóloga.
Por isso, sustentar o equilíbrio entre o emocional e o estratégico constrói um ambiente corporativo no qual os colaboradores almejam permanecer. Por consequência, a rotatividade diminui, refletindo no sucesso organizacional e no bem-estar da equipe.