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Sangramento e mau hálito: entenda os sintomas e como tratar gengivite

Cerca de 8 em cada 10 brasileiros possuem gengivite, condição que sem o tratamento adequado pode evoluir para formas graves

Sangramento e mau hálito: entenda os sintomas e como tratar gengivite
Sangramento e mau hálito: entenda os sintomas e como tratar gengivite - Foto: Shutterstock

A gengivite é uma forma leve de doença periodontal que se caracteriza pela inflamação das gengivas. O problema é muito comum, e atinge cerca de 8 em cada 10 pessoas no Brasil, indicam dados do Ministério da Saúde.

Sintomas

De acordo com a odontopediatra Ilana Marques, os sintomas da gengivite incluem gengivas vermelhas, inchadas e sensíveis, além de sangramento durante a escovação ou uso do fio dental. Em casos mais avançados, pode ocorrer mau hálito persistente e retração gengival

“Na gengivite inicial, os sintomas como gengivas vermelhas, inchadas e sangramento podem ser revertidos com cuidados adequados de higiene bucal, como escovação e uso de fio dental regularmente. No entanto, se a gengivite não evoluir para periodontite, pode ocorrer a retração gengival de forma mais severa e, em alguns casos, irreversível”, alerta a especialista.

A retração gengival ocorre quando as gengivas se afastam dos dentes, expondo parte da raiz dentária. Isso pode resultar em sensibilidade dentária aumentada e, eventualmente, em danos ao osso e tecidos de suporte dos dentes. 

“Nesses estágios mais avançados da doença periodontal, a restauração completa da estrutura original das gengivas pode não ser possível, embora medidas preventivas e tratamentos podem ajudar a minimizar a progressão da condição e a preservar a saúde bucal”, diz Ilana.

Causas da gengivite

Conforme a profissional, a gengivite é causada principalmente pela presença prolongada de placa bacteriana nos dentes e ao longo da linha da gengiva. “A placa bacteriana é uma película pegajosa e incolor composta por bactérias, que se forma constantemente sobre os dentes quando não são removidos adequadamente os resíduos de alimentos e bactérias pela escovação e uso de fio dental”, explica.

Quando não há a remoção da placa bacteriana, afirma Ilana, as bactérias produzem toxinas que irritam a gengiva, levando à inflamação. Isso resulta nos sintomas típicos da gengivite. No entanto, além da placa bacteriana, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento da gengivite. A profissional aponta principalmente:

  • Má higiene bucal: escovação inadequada dos dentes e falta de uso regular de fio dental permitem o acúmulo de placa bacteriana;
  • Tabagismo: o uso de tabaco enfraquece o sistema imunológico das gengivas, tornando-as mais propensas a infecções bacterianas;
  • Diabetes: pessoas com diabetes têm um risco aumentado de desenvolver problemas periodontais, incluindo gengivite;
  • Alterações hormonais: flutuações hormonais durante a puberdade, gravidez, ciclo menstrual e menopausa podem aumentar a sensibilidade das gengivas e torná-las mais suscetíveis à gengivite;
  • Medicamentos: alguns medicamentos podem causar diminuição do fluxo salivar, o que pode contribuir para o acúmulo de placa bacteriana;
  • Genética: a predisposição genética também pode influenciar a suscetibilidade de uma pessoa à gengivite.

“Manter uma boa higiene bucal, que inclui escovação adequada, uso regular de fio dental e visitas periódicas ao dentista para limpezas profissionais, é essencial para prevenir a gengivite e outras doenças periodontais”, destaca a odontopediatra.

Tratamento

Ilana explica que a gengivite é uma condição tratável e, na maioria dos casos, reversível com os cuidados adequados. Aqui estão algumas medidas importantes para tratar o problema:

  • Higiene bucal adequada: escove os dentes pelo menos duas vezes ao dia e use fio dental diariamente para remover placa e detritos alimentares que causam inflamação na gengiva;
  • Visitas regulares ao dentista: consultas periódicas ajudam a monitorar a saúde bucal e realizar limpezas profissionais, removendo placas difíceis de alcançar;
  • Enxaguantes bucais: use enxaguantes específicos para gengivite, que ajudam a reduzir a inflamação e o crescimento bacteriano;
  • Alimentação saudável: uma dieta equilibrada contribui para a saúde geral, incluindo a saúde oral;
  • Evitar fatores de risco: como tabagismo e estresse, que podem piorar a gengivite.

Se não tratada, a gengivite pode progredir para periodontite, uma condição mais grave que pode levar à perda óssea e dos dentes. Por isso, é essencial procurar tratamento assim que os sintomas aparecerem. 

“Com os cuidados adequados, muitas pessoas conseguem controlar a gengivite com sucesso. No entanto, em alguns casos, pode ser crônica, exigindo cuidados contínuos para controlar os sintomas e prevenir complicações mais graves”, finaliza a profissional.

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