Curtiu a sexta ou o sábado à noite e a ressaca bateu na porta na manhã seguinte? O primeiro pensamento costuma ser: “bebi demais”. No entanto, o desconforto pode indicar intolerância ao álcool, uma condição relativamente comum na população.
9 sintomas da intolerância ao álcool
Os sintomas se iniciam pouco tempo após a ingestão de álcool e costumam incluir:
- Rubor na pele (isto é, vermelhidão);
- Nariz entupido;
- Fadiga;
- Taquicardia;
- Fraqueza;
- Dor de cabeça;
- Náusea;
- Cansaço;
- Confusão mental.
Essas reações são resultado de deficiências nas enzimas responsáveis por quebrar e metabolizar o álcool. “A intolerância se caracteriza por reações desagradáveis após o consumo de doses relativamente pequenas de álcool. A causa é uma condição genética na qual o indivíduo acumula acetaldeído (o principal produto da transformação do álcool pelas células) no organismo”, explica a professora e coordenadora de nutrição da Cruzeiro do Sul Virtual, Camila Queiroz.
Para a identificação da intolerância ao álcool existem exames específicos em laboratório. Porém os sintomas manifestados, a quantidade de álcool ingerida e o tempo decorrido entre a ingestão e o início do surgimento dos sintomas podem ser premissas para indicar a presença da condição.
O que causa a intolerância
Vale destacar que, embora os sintomas sejam similares aos de uma reação alérgica, a intolerância ao álcool não é uma alergia, explica a Luana Paula Gomes, docente do curso de nutrição da Cruzeiro do Sul Virtual.
“A condição de intolerância deriva da inatividade da enzima aldeído-desidrogenase 2 (ALDH2), que possui um importante papel no metabolismo do álcool atuando como aceleradora do processo de transformação do acetaldeído (substância tóxica resultante da metabolização do etanol) para acetato, diminuindo a concentração e os efeitos tóxicos do acetaldeído”, detalha Luana Paula Gomes.
Por se tratar de uma alteração genética, a única forma de prevenir reações de intolerância é evitar o consumo de álcool. Além disso, é importante buscar orientação médica para obter um diagnóstico adequado e avaliar a possibilidade de outras condições subjacentes relacionadas ao metabolismo do álcool.