As varizes são veias dilatadas e tortuosas que se desenvolvem abaixo da pele, e atingem principalmente os membros inferiores. Isto é, os pés, as pernas e as coxas. Dependendo da fase em que se encontram, podem ser de pequeno, médio ou de grande calibre. E se engana quem acredita que o problema surge apenas na vida adulta. Isso porque é bastante comum casos de varizes ainda na adolescência.
O que pode levar ao surgimento de varizes?
De acordo com a Dra. Camila Helena Oliveira, especialista em Cirurgia Vascular e Ecografia Vascular com Doppler, o desenvolvimento de varizes na adolescência pode estar relacionado a fatores genéticos. Ou seja, se há histórico familiar de varizes, a predisposição pode ser herdada.
“Além disso, mudanças hormonais que ocorrem durante a puberdade podem influenciar a saúde vascular. Outros fatores, como obesidade, sedentarismo e longos períodos de pé ou sentado, também podem contribuir para o surgimento de varizes na adolescência”, diz a médica.
Mas não só isso: existem patologias relacionadas a alterações durante a formação dos vasos, que são conhecidas como anomalias vasculares e são causas de varizes tanto na infância quanto na adolescência, revela a especialista.
“Se um adolescente apresentar sintomas de varizes, como dor, inchaço, sensação de peso nas pernas ou notar veias visíveis, é aconselhável procurar um médico. O surgimento precoce de varizes pode indicar predisposição genética ou outros fatores que merecem atenção”, adverte Camila.
Como tratar e prevenir as varizes na adolescência?
Para tratar e prevenir varizes na adolescência, é importante adotar medidas que promovam a saúde vascular, destaca a especialista, que faz algumas sugestões:
- Prática de atividade física;
- Evitar longos períodos em pé ou sentado;
- Utilizar vestuário adequado (isto é, evitar roupas apertadas, especialmente ao redor da cintura e pernas);
- Manter o peso adequado.
“Procedimentos para o tratamento de varizes na adolescência são raros, porém, quando indicados, podem contemplar o uso de meias de compressão, procedimentos minimamente invasivos como laser e aplicações, e em último caso a cirurgia. O acompanhamento médico adequado é essencial para determinar a melhor abordagem”, diz a profissional.