Cada vez mais presente nas dietas de quem busca uma vida saudável, a linhaça ganhou espaço nas mesas brasileiras. Derivada do linho, essa semente de aparência simples é, na verdade, um verdadeiro concentrado de nutrientes. Rica em fibras, proteínas e lipídeos, ela se tornou aliada de quem deseja melhorar a qualidade da alimentação e prevenir problemas de saúde a longo prazo. Além de atuar na digestão e na regulação intestinal, a linhaça também tem sido associada à proteção cardiovascular, ao controle do diabetes e até mesmo à saúde do cérebro.
Mas os efeitos positivos não param por aí. Pesquisas apontam que a presença de compostos antioxidantes e anti-inflamatórios na linhaça pode estar relacionada à prevenção de alguns tipos de câncer. No entanto, como todo alimento funcional, seu consumo deve ser com equilíbrio, já que exageros podem causar desconfortos e reduzir a absorção de certos medicamentos.
Um alimento funcional completo
De acordo com Antônio Wanderson Lack de Matos, especialista em nutrição clínica, os impactos da linhaça no organismo são amplos e relevantes. Ela ajuda a diminuir os riscos de doenças cardiovasculares, melhora o funcionamento do intestino, contribui para o controle glicêmico em pessoas com diabetes e ainda favorece o bom funcionamento cerebral.
“Isso se deve à sua riqueza em ácidos graxos ômega-3, fibras, lignanas e outros nutrientes essenciais”, explica o nutricionista.
Potencial protetor contra o câncer
Além das vantagens já conhecidas, estudos têm mostrado que a linhaça pode conter propriedades anticancerígenas, graças às lignanas — compostos fitoquímicos com forte ação antioxidante e anti-inflamatória.
“Esses compostos podem ajudar a prevenir o desenvolvimento e a progressão de certos tipos de câncer, como o de mama, próstata e cólon. No entanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar esses efeitos e entender melhor o mecanismo de ação da linhaça no combate ao câncer”, destaca Antônio.
O cuidado com os excessos
Apesar dos benefícios, o consumo exagerado da semente pode trazer efeitos indesejados. Entre eles, distúrbios gastrointestinais e até a interferência na absorção de alguns medicamentos.
“Portanto, é ideal consumi-la com moderação e sempre junto de uma dieta equilibrada”, orienta o especialista em nutrição clínica.
