Você já se sentiu exausto sem motivo aparente? Para quem enfrenta, por longo período, uma carga intensa de estresse, essa sensação é comum e pode evoluir para distúrbios graves de saúde. Identificar os sinais de esgotamento mental é essencial para prevenir problemas físicos e psicológicos.
Segundo a psicóloga Marilene Kehdi, especialista em atendimento clínico, as causas do esgotamento mental variam de pessoa para pessoa. “Existem gatilhos distintos, entre eles problemas pessoais como divórcios, doença crônica ou lesão, desemprego, falecimento de alguém próximo, problemas financeiros e período pós-parto”, diz.
Além dos fatores pessoais, a sobrecarga de trabalho também contribui para a condição, podendo levar à Síndrome de Burnout. O esgotamento surge não apenas pelo excesso de funções, mas também pela pressão para cumprir metas em curto prazo, falta de autonomia e reconhecimento, excesso de competição, insatisfação no trabalho ou liderança controladora. O acúmulo de tarefas diárias também é um gatilho importante.
Outro fator que agravou o esgotamento mental nos últimos anos foi a pandemia de Covid-19. Muitas pessoas enfrentaram preocupações e crises em diferentes áreas da vida, elevando o nível de desgaste emocional.
A seguir, entenda os sinais de esgotamento mental:
Sinais de esgotamento mental
- Cansaço físico e mental excessivo, dificuldade para descansar e relaxar, apatia e desânimo generalizados;
- Medo e sensação de ameaça constante;
- Desesperança e impressão de que nada mudará;
- Insônia, dificuldade para dormir ou noites agitadas;
- Dificuldade de concentração e de manter coerência no raciocínio;
- Lapsos de memória e raciocínio lento;
- Labilidade emocional, vontade de chorar sem motivo, ansiedade e angústia;
- Irritabilidade, nervosismo e perda de controle com facilidade;
- Mudanças comportamentais, reatividade e defensividade.
Possíveis sintomas físicos
- Alterações no apetite, seja aumento ou perda de fome;
- Dores de cabeça e musculares;
- Queda da imunidade;
- Respiração alterada por ansiedade;
- Maior risco de problemas cardíacos;
- Alterações gástricas e intestinais, como gastrite e constipação.
O que fazer
O tratamento deve começar pela identificação das causas e eliminação dos fatores de estresse, promovendo mudanças no âmbito profissional ou pessoal quando necessário. Depois, é importante ajustar o estilo de vida, controlar o estresse e ressignificar experiências impactantes.
Práticas recomendadas incluem exercícios físicos, reduzir o tempo conectado à internet, manter alimentação saudável e melhorar a qualidade do sono.
Marilene Kehdi reforça que o acompanhamento profissional é fundamental: procurar ajuda especializada é essencial para um tratamento adequado e eficaz.
