A prática regular de exercícios físicos é uma das formas mais eficazes de cuidar da saúde, trazendo benefícios como melhora cardiovascular, fortalecimento muscular, maior flexibilidade e até ganhos para a saúde mental. Mas, diante de tantas opções, surge a dúvida: afinal, qual treino escolher — crossfit, musculação, funcional ou calistenia?
Segundo Felipe Kutianski, especialista em fisiologia do exercício e fundador da plataforma de treinos Onbody, antes de definir a modalidade, é essencial ter clareza sobre o que se deseja alcançar.
“Cada modalidade de exercício tem suas características específicas de estímulos, biomecânica de movimentos, ações musculares, vias energéticas, entre outras. É preciso ser sincero sobre as metas que se quer atingir antes de sair gastando tempo, dinheiro e energia”, afirma.
Veja a seguir as diferenças entre as modalidades e quais podem ser melhor para você:
Diferenças entre as modalidades
O crossfit se destaca pelos treinos de alta intensidade, que unem levantamento de peso olímpico, movimentos da ginástica e exercícios cardiovasculares. A proposta é desenvolver condicionamento físico e resistência.
A musculação, por outro lado, é voltada para o ganho de massa muscular, aumento da força e definição corporal. Segundo Kutianski, ambas as modalidades também favorecem o emagrecimento.
O funcional traz uma abordagem de movimentos multiarticulares, com foco na melhora da estabilidade, mobilidade, coordenação e equilíbrio.
Já a calistenia utiliza o próprio peso do corpo como resistência em exercícios como flexões, barras e agachamentos. “A modalidade promove força, controle corporal, resistência e flexibilidade”, destaca o especialista.
Cautela e orientação profissional
Apesar das vantagens, é preciso atenção à intensidade e à frequência dos treinos. Kutianski ressalta que o excesso pode ser prejudicial:
“É possível praticar mais de uma dessas modalidades ou a mesma modalidade mais de uma vez por dia facilmente, mas é preciso ter cautela e cuidado para não ultrapassar os limites do próprio corpo”, alerta.
Por isso, a recomendação é clara: seja qual for a escolha, o ideal é procurar orientação de um profissional e optar pela atividade que melhor se encaixe na rotina e nos objetivos individuais.
